terça-feira, 25 de setembro de 2012

O QUE É ESPIRITUALIDADE ?

Dimensões de espiritualidade
Espiritualidade é o ponto de partida para que se possa estabelecer um posicionamento correto perante Deus e a sociedade, no entanto acerca desse tema, existe um pluralismo de idéias e conceitos. Contudo devemos sempre procurar compreender o que é espiritualidade a luz do contexto bíblico.

Espiritualidade Bíblica
Para compreendermos qual a dimensão correta de espiritualidade, urge saber o que não é espiritualidade. Nos últimos cinqüenta anos tem emergido diversos conceitos sobre espiritualidade, sendo que para muitos ser espiritual é estar moldado a tendências legalistas, repetir chavões, demonstrar anti-intelectualismo e isolar-se em um fanatismo exacerbado o que gera a sensação de uma falsa espiritualidade. Entretanto ao estudarmos o tema Espiritualidade a luz do contexto bíblico, fatalmente iremos perceber que o Fruto do Espírito é a base da espiritualidade (Gl 5:22-23), pois o homem espiritual é conhecido por sua maturidade cristã (I Co 3:1) e não pelo legalismo exacerbado ou por chavões.   Em suma, espíritual é aquele que busca desenvolver a diaconia, a teologia do servo (Mc10:45) e paulatinamente vai se tonando cada vez mais parecido com Jesus.

Diaconia - pratica de espiritualidade
Para entendermos diaconia como prática de espiritualidade, devemos primeiramente compreender que servir é uma das principais características de um cristão,  tendo como exemplo  Jesus o nosso grande paradigma (Mc 10:45).

Diaconia como serviço espiritual
É uma prática de espiritualidade gerada no homem a partir da graça de Deus, como vocação para preservar a vida em todo o cuidado que ela requer. Destacando que essa atitude de cuidado tem um brilho que ilumina ao redor, o qual é emanado da luz de Cristo e que impulsiona o homem para servir e cuidar da vida. Contudo urge saber qual o papel diaconal que temos desempenhado no corpo de Cristo ? Será que temos sido agente da graça de Deus entre os homens, oferecendo a estes saídas para os dilemas morais e sociais que os afligem ou temos procurado apenas um envolvimento distante. Paradoxalmente deve o servo se engajar cada vez mais na prática do serviço cristão, buscando estabelecer os valores do Reino de Deus entre os homens (Rm 14:17). Que o exercício de nossa Espíritualidade não se consista apenas de palavras eloqüentes ou de discursos persuasivos, mas sim de ações que conduzam o homem a plenitude da vida cristã.

Cresce-se no Reino a partir do serviço.
O homem é capacitado para o serviço cristão pelo Espírito Santo com dons e talentos (I Co 12:5; I Pe 4:10 ), que devem ser usados visando o serviço do Reino. Um talento é uma habilidade humana e natural com a qual se nasce ou é adquirida e pode ocorrer nas áreas da: música, oratória, administração e outras. Já um Dom é um presente divino dado para ser usado no Serviço Cristão. Geralmente recebemos dons que se enquadram com nosso talento e formação de vida, como no caso de um músico profissional. Ao converter-se fatalmente ele pode receber o dom da música e assim utilizar o seu talento natural na Igreja local para a glória de Deus. Contudo muitos cristãos não desenvolvem seus dons, pois não valorizam seus talentos, outros ficam angustiados porque não sabem para o que Deus os chamou, outros valorizam apenas os dons de poder e resumem os dons espirituais a Línguas, Interpretação de Línguas e Profecia e como não receberam estes carismas consideram-se como crentes sem dons, pois pensam que os seus dons mais interiorizados são apenas talentos naturais.
Entretanto a exemplo de Jesus, devemos procurar servir , desenvolvendo nossas aptidões e assim fatalmente descobriremos em qual área do ministério o Senhor deseja nos usar. "Espítualidade, não é medida pelo quanto eu possuo de Deus, mas o quanto Deus possue de mim" .
 
Pr. Orlando Martins
 
 
 

sábado, 15 de setembro de 2012

COMO O CRISTÃO DEVE LER O ANTIGO TESTAMENTO
  
Para que possamos compreender o AT, é necessário que entendamos que o AT é refletido no Novo e que a compreensão da antiga aliança, acontece a luz da nova, como que por um espelho, onde o novo reflete o antigo, já que o antigo apontava para o novo, ensino esse corroborado pelo apóstolo Paulo na epistola aos Colossenses (Cl 2:17)

No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se  com alguma imagem feita pelos homens. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua  possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence,  haja vista o período dos juízes na qual Deus julgava o seu povo, quando estes pecavam, mas agia com amor e misericórdia, levantando juízes que julgavam o povo com justiça e equidade.  A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.  Conquanto que os primeiros   cristãos passaram a interpretar as Escrituras à maneira de Jesus, adaptando  a sua interpretação à nova realidade criada pela ressurreição de Jesus, na qual os cristãos viram a confirmação divina do seu carácter messiânico. Enquanto Jesus leu nas Escrituras antes de mais o anúncio do Reino de Deus de cuja instauração era o arauto, sendo que a partir daquele momento fora inaugurado os valores do reino entre os homens. “ O Reino de Deus, não é comida e nem bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo”.

 
Pr. Orlando Martins

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