terça-feira, 23 de outubro de 2012

COMO VOCÊ PODE DESCOBRIR OS SEUS DONS ESPIRITUAIS?


(Matéria baseada no livro, O Poder de Deus de minha autoria. Para adquirir essa obra, basta entrar em contato comigo por email ou telefone. Para descobrir os seus dons, adquira esse livro!)
(48) 41051665; 78122436

pr.orlandomartins@gmail.com


Atualmente  a Igreja atravessa os seus últimos dias na terra, e é de suma importância que o corpo de Cristo venha a experimentar a realidade dos dons espirituais nos dias atuais. O apóstolo Pedro nos orienta a servir uns aos outros com os nossos dons, conforme a multiforme graça de Deus ( I Pe 4:10,11). Conquanto, devemos manter o pleno interesse por este tema que é de suma importância para o desenvolvimento da Igreja como corpo de Cristo na Terra (Rm 12:1-4). No original grego, a palavra Dom é “Charisma”, que significa presente, manifestações do Espírito, que nos são oferecidos mediante a graça divina por parte de Deus como sendo o doador dos Dons. De acordo com o pastor Russel N.Champlim em sua enciclopédia. “Charisma indica os dons do Espírito, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério. Além disso, enfoca também o dom da graça, que nos traz a salvação’’. Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta; o apóstolo Paulo nos orienta desta forma:” Enchei-vos do Espírito “(Ef 5.18)”.

NÃO EXISTEM APENAS, 3 OU 9 DONS, EXISTEM DIVERSOS
E TODOS SÃO NECESSÁRIOS!
 
              Na Bíblia, existem muitos dons, neste estudo listei um total de 26 dons divididos em três classes: Os dons do Pai (Rm 12.6-8), os dons do Filho (Ef 4:11), os dons do Espírito (I Co 12:8-10) e outros  dons que são encontrados na palavra. A verdadeira espiritualidade se manifesta através da piedade e da disciplina que são marcas de uma vida que produz o  fruto do espírito que se manifesta no amor.
 
                             Divisão dos Dons Bíblicos
 -Dons do Espírito Santo (I Co 12.8-11)
Palavra da sabedoria
Palavra do conhecimento
Dom da fé
Dons de curar
Sinais e maravilhas
Profecia
Discernimento de espíritos
Variedade de línguas
Interpretação de línguas
Dons do pai ou de serviço vocacional ( Rm 12.6-8)
Profecia (Mensageiro)
Ministério
Ensino
Exortação -
Repartir
Presidir
Compaixão-
 Dons ministeriais ou concedidos por Jesus (Ef 4:11)
Apóstolos
Profetas
Evangelistas
Pastores
Mestres
 Outros dons Bíblicos
Intercessão
Celibato
Música
Ajuda (Socorros)
Hospitalidade

 
 OS DONS TEM QUE SER DESCOBERTOS E DESENVOLVIDOS
Uma das fraquezas dos membros da Igreja de Cristo é não reconhecer, desenvolver e usar os dons espírituais que o Senhor distrubuiu a todo os membros do corpo de Cristo.

PROPÓSITO DOS DONS: Conceder capacidades espirituais a fim de edificar a Igreja, por meio da instrumentação dos crentes e para ganhar novos convertidos

1- A Igreja e o local de edificação e crescimento espiritual do crente (Ef 4:12; 14-15)

2 – A Igreja é o lugar onde cada crente, como sacerdote de Deus tem a sua função como acontece no corpo humano (I PE 2:9; AP 1:6; I Co 12:12-27)

3 – Os Dons são oferecidos a Igreja

O MAU USO DOS DONS

- Os Dons não devem governar a Igreja.
- O mau uso do dom de profecia
- Excesso no uso dos dons o que gera o emocionalismo
- Valorizar mais os dons, do que a palavra
- Mau uso dos dons de sinais e maravilhas, com exageros na area de batalha espiritual
* Diabolização (Tudo é demônio!)
* Quebra de maldiçao hereditária
- Espíritualização excessiva
 
 QUATRO COISAS QUE OS DONS NÃO SÃO

1o.) Os dons espirituais não são talentos naturais.

Todo ser humano, em virtude de haver sido criado à imagem de Deus, possui certos talentos naturais. Talentos são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual. Os dons espirituais não devem ser considerados como talentos naturais consagrados a Deus. Pode haver uma certa ligação discernível entre as duas coisas,pois, em alguns casos (não em todos, é claro) Deus toma um talento natural em um incrédulo, e transforma isso em um dom espiritual, quando tal pessoa passa a fazer parte do Corpo de Cristo.

2o.) Não confunda os dons espirituais com o fruto do Espírito.

O fruto do Espírito, em seus vários aspectos, é descrito em Gálatas 5:22 e 23: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e domínio próprio. Este fruto é a conseqüência normal e esperada do crescimento, da maturidade, da semelhança com Cristo e da plenitude do Espírito Santo na vida de todos os crentes. Os dons espirituais sem o fruto do Espírito são como um pneu de automóvel sem ar.

3o.) Não confunda os dons espirituais com os papéis dos crentes.

Quando examinamos a lista dos dons espirituais torna-se patente que muitos deles descrevem atividades que são esperadas de cada crente. Talvez o mais óbvio de todos os dons espirituais seja também um dever do crente – a Fé. Por igual modo, alguns têm o dom do ministério ou do serviço, mas todos os crentes devem servir uns aos outros (Gl 5:13).

4o.) Não confunda os dons espirituais com dons simulados.
Leia Mt 24:24 e observe o alerta que Jesus nos faz. Jesus também falou sobre aqueles que profetizariam e expeliriam demônios em Seu nome, mas que na realidade seriam praticantes de iniqüidades (Mt 7:22 e 23). No Egito, quando da ação de Moisés em prol da libertação do povo israelita, os mágicos de Faraó puderam imitar um bom número das obras prodigiosas que Deus realizou por intermédio de Moisés (confira em Ex 7 e 8).

I CO 12:12 - ALCANCE DOS DONS ESPIRITUAIS

- Cada crente salvo tem pelo menos um dom ( I Pe 4:10)
- Cada crente deve ser fiel no uso do mesmo
- Nenhum crente possui todos os dons

DONS E CHAMADO

Muitos cristãos ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, e há outros que chegam a pensar que Deus tem prazer especial em nos chamar para realizar tarefas que não combinam com os nossos dons. Deus não chama ninguém para realizar uma tarefa para a qual ele não o capacitou. Por outro lado, se você descobrir quais são os seus dons estará muito próximo de saber também para que atividade Deus o chamou.

QUE COMBINAÇÃO DE DONS VOCÊ TEM?

Ninguém tem o direito de se vangloriar dos seus dons, pois cada pessoa no Corpo depende também dos dons dos outros (Rm 12:3, I Co 12:21-23). Cada cristão tem uma combinação diferente de dons.

COMO DESCOBRIR OS SEUS DONS OU O SEU DOM ESPIRITUAL?

Todo crente salvo possui dons espirituais, como também toda igreja local. Muitos desses talentos, porém continuam enterrados, como aquele talento não usado do capítulo 25 de Mateus; mas estes dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando ao desenvolvimento da igreja local.

Condições prévias fundamentais para a descoberta dos dons:

1. O primeiro passo é ser realmente convertido

2. O Segundo passo é orar no sentido de conhecer a vontade de Deus.

3. O Terceiro passo é ter uma vida de intimidade com Deus mediante o fruto do Espírito.

4. O Quarto passo é procurar ter um conhecimento amplo tanto sobre Dons como de Teologia Sistemática.

5: O Quinto passo é esperar confirmação por parte do Corpo de Cristo.

6. O Sexto passo é ter alegria. No exercício do dom, existe prazer!


Pr. Orlando Eduardo Capellão Martins
Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
jornalísta, professor de Teologia e palestrante.








terça-feira, 16 de outubro de 2012

FRUTO DO ESPÍRITO, UM DESAFIO DIÁRIO!


Pr. Orlando Martins

Gálatas 5:22-23 nos diz: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio..." O fruto do Espírito é o resultado da presença do Espírito Santo na vida do Cristão. A Bíblia deixa bem claro que todos recebem o Espírito Santo no momento em que aceitam a Jesus (Romanos 8:9; 1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14), sendo que o principal propósito do Espírito Santo ao entrar na vida de um Cristão é transformar a sua vida e torna-lo parecido com Jesus. Os atributos que compõe o fruto do Espírito estão em direto contraste com as obras da carne que encontra-se exposto em Gálatas 5:19-21: "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21 descreve a vida das pessoas, em proporções diferentes, quando elas não conhecem a Cristo e, portanto, não estão sob a influência do Espírito Santo. Nossa carne pecaminosa produz certos tipos de fruto (Gálatas 5:19-21), e o Espírito Santo produz outros tipos de fruto (Gálatas 5:22-23).

A vida Cristã é uma batalha entre as obras da natureza pecaminosa e os atributos que compõe o fruto do Espírito .Esta sim é a principal obra do Espírito, pois o Senhor está interessado num povo santo e de boas obras, que busque a santificação, tenha caráter e santidade para que assim possa fazer a diferença e implantar os valores do Reino entre os homens: " Porque o Reino de Deus, não é comida e bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo".


DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO


A Missão do Espírito Santo é conduzir o homem a toda a verdade transmitindo a este as palavras de Cristo, fazendo-os lembrar (Jo 5.39), através da espada do Espírito (Ef 6.17), transmitindo ao homem a capacidade de ser alvo da plenitude do Senhor. Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de estando arraigados e fundados em amor, poderdes, perfeitamente compreender, com todos os santos, qual a largura, e o comprimento, e altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.17-19). Através do Fruto do Espírito Santo estas virtudes se manifestam na vida do crente e este é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18).

O Fruto do Espírito constitui-se em expressões do caráter de Cristo em nossas vidas, pois nos torna mais parecidos com o nosso mestre, restaurando o homem à imagem de Cristo (Rm 8.29, Cl 3.10), sendo que o Fruto do Espírito Santo produz santificação, pois ajuda o crente a ser mais submisso ao senhorio de Cristo através da limpeza pela palavra (Jo 15.3), o que conduzira o homem à santificação (Jo 17.17), apresentando a verdade (Jo 8.32, 36), tornando o salvo um eterno discípulo de nosso Senhor (Jo 8.31), o que irá ajudar o crente a dominar a sua velha natureza (II Co 5.17, Gl 5.16-17) e pontualmente desembocará no processo de santificação pautado pela palavra, que acontece de dentro para fora, ou seja começa no interior e reflete no caráter, demonstrando realmente o que é andar no espírito (Gl 5.16), manifestando assim a verdadeira santidade. "Com isto, não são as obras que fazem o homem ser bom, mas o homem bom faz as boas obras" (Martinho Lutero). Contrariando assim aquele velho ensino de que santidade possui correlação, com o legalismo, como alguns antigamente ensinavam. Para concluir este tópico acerca do tema supracitado, devemos devemos atentar que a palavra fruto encontra-se no singular e não no plural o que demonstra que é um fruto subdividido em nove atributos ou virtudes que tem no amor a sua origem, sendo esta a plataforma para a operação de todos os atributos que compõe o fruto do Espírito (Gl 5.22, I Co 13.1,4-8), pois quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (I Jo 4.7-8).

VIRTUDES QUE COMPÕE O FRUTO DO ESPÍRITO


AMOR: No original grego a palavra amor tem vários significados, podendo primeiramente ser definido como amor ágape, fileo ou storge. Como virtude principal e inicial do fruto do Espírito o amor aqui relatado é o ágape, ou seja, o amor divino.Este amor emana de Deus para o homem, pois o Senhor é a fonte de todo o amor (I Jo 4.8). O pastor Russel Norman Champlim em sua enciclopédia define este amor como." Um desejo intenso de agradar a Deus de fazer o bem à humanidade; a própria alma e o espírito de toda a verdadeira religião; cumprimento da lei e aquilo que dá energia a fé". Nós o amamos porque ele nos amou primeiro, e se somos regenerados pela sua graça e justificados pela fé, recebemos o amor de Deus que excede a todo o entendimento (Ef 3.18), cumprindo com isto os dois principais mandamentos da lei que foram enfatizados nos ensinos de Jesus quando este debatia principalmente com os escribas e fariseus, como no caso do debate inicial sobre o cumprimento da lei para herdar a vida eterna o que culminou com Jesus relatando a parábola do Samaritano. "Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27)". Agindo segundo este ensinamento passaremos realmente a possuir a plataforma para as outras virtudes do fruto do Espírito e cumpriremos cabalmente e com total integridade a religião pura e verdadeira, como ensina-nos Tiago o líder da igreja em Jerusalém e irmão de nosso mestre: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se da corrupção do mundo. (Tg 1.27)".Mediante este ensino exposto por Tiago o bispo de Jerusalém, devemos amar ao próximo, como a nós mesmos, pois mesmo se eu falasse a língua dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine (I Co 13.1), por isto devemos analisar o décimo terceiro capitulo da primeira epistola de Paulo a igreja de Corinto, analisando que: "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão, havendo ciência, desaparecerá; porque em parte conhecemos e, em parte profetizamos.Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado".(I Co 13.4-10 ARC)" Analisando estes versículos sintomaticamente concluímos que o caminho para a santificação é a consevação diária do fruto que expressção o caráter de Cristo em nossas vidas.

GOZO: No original grego essa expressão é "chara", e trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa, e bondosa, caracterizando-se pela generosidade na dádiva aos outros, o que é resultado de um senso de bem estar e prazer na presença de Deus, o que é derivado de uma intimidade com o Senhor mediante a palavra (Os 6.3), o que gera regozijo no Espírito. Este gozo envolve todas as áreas de nossas vidas nos tornando mais tranqüilos e sensatos diante das situações, mesmo as mais adversas. Para entendermos este gozo basta analisamos o Salmo 23.1, quando o Rei Davi assim exclama: O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Diferente do que muitos pretensos teólogos pensam este nada me faltará não se encontra ligado apenas ligado a bens materiais, mas a presença de Deus, pois quando realmente meditamos na palavra somos prósperos espiritualmente (Js 1.8), confiantes em Deus (Sl 46.10), sabedores de que mesmo que nunca nos falte dias de tribulações ou de alegrias devemos estar sempre satiesfeitos (I Tm 6.8), pois como o Senhor ensinou a Paulo ele também deseja nos ensinar: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo, pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte. (II Co 12.9-10)". Devemos ser gratos a Deus em tudo porque escrevendo aos efésios Paulo assim nos ensinou: Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Quando entendemos verdadeiramente o que é a alegria no Espírito , teremos o gozo na alma como um refrigério que mesmo diante das piores situações, sendo que a graça do Senhor nos sustenta para nos mantermos fieis a sua palavra, não que não podemos sofrer, mas este refrigério nos ajudará a não deixarmos a nossa fé no eterno ir embora. Como também nos dias de alegria, esta virtude irá nos ensinar a atribuir a Deus todas as nossas conquistas diárias, para que assim não venhamos a nos ensoberbecer, mas sempre regozijarmos no Espírito Santo pelas nossas vitórias pessoais, pois isto é dádiva dele.

PAZ: Como virtude do Espírito é a paz que excede a todo o entendimento. Foi pelo intermédio da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20). A paz envolve muito mais do que uma simples tranqüilidade, ela se encontra totalmente ligada a transformação segundo a imagem de Cristo, onde passamos a desenvolver a mente de Cristo (Rm 12.1-2). Assim o crente sabe qual é a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus passando a desenvolver a maturidade cristã que irá permite-lo viver em paz com todos (I Ts 5.13, Hb 12.14). Abandonando assim por completo as implicações do eu humano, sabendo que como cristãos nossa maior preocupação deve ser refletir a pessoa de Cristo com nossas atitudes e busca sempre paz tanto interior como com todos. O Reino de Deus é paz (Rm 14.17), porque Deus é Deus de paz (Fp 4.9, II Ts 3.16), e é ele quem nos outorga a paz de Deus (Cl 3.15), que excede a todo o entendimento (Fp 4.7), pois as coisas do Espírito são loucura para aqueles que não são da fé. A paz faz do crente um pacificador (Pv 15.18), alguém que com sua palavra transmite paz, segurança e amor: A palavra dura suscita a irá, mas a palavra branda desvia o furor (Pv 15.1). Como crentes devemos procurar manter o vinculo da paz com todos, sejam estes crentes ou descrentes (Rm 12.18). Agindo assim iremos honrar as palavras de Cristo. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (Jo 14.27). Que a paz de Deus seja sempre o arbitro em todas as nossas atitudes e que por meio desta paz, façamos a diferença num mundo em volta de tendências pós-modernas.

LONGANIMIDADE:
No grego é "makruthumia" que significa uma qualidade atribuída a Deus, ou seja, que ele tolera pacificamente todas as iniqüidades do homem. Transliterando para a língua portuguesa é animo longo o que significa aquele que tem paciência diante de várias situações, em vez de ter animo precipitado (Pv 14.29). Na Bíblia encontramos referências sobre a longanimidade de Deus (I Pe 3.20), Jesus demonstrou toda a sua longanimidade diante de todas as situações ao qual foi alvo no seu ministério terreno. O Amor de Deus é derramado em nossos corações através da obra do Espírito Santo (Rm 5.5), assim esta virtude irá ajudar o cristão a ser longânimo tanto com os seus irmãos, como em todas as situações de sua vida. Só mesmo com paciência para agüentarmos o fardo do dia a dia, mas se tivermos o amor como plataforma, o gozo na alma como regozijo e a paz de Deus que excede a todo o entendimento como marca, certamente então demonstraremos o ânimo longo em todas as nossas atitudes, sendo uma expressão do domínio próprio, diante de todos os tipos de situações, sejam elas favoráveis ou não. Quando temos ânimo longo nos lembramos das palavras de nosso Senhor quando assim ensinou: Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34).

BENIGNIDADE: No original grego é "chestotes", que significa gentileza e bondade. Este termo também pode indicar excelência de caráter, honestidade, sendo Deus a sua fonte originaria e Cristo foi quem melhor exemplificou esta qualidade, passando a ser o nosso modelo Maximo de benignidade. O cristão que possui este atributo é gracioso, gentil, educado e amável. Na Bíblia podemos encontrar o exemplo de benignidade de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (II Co 10.1). Paulo orienta a igreja de Corinto a viver na benignidade e no espírito, ou seja, viver de uma forma espiritual e com amor, para que possa transmitir isto com atitudes reais e não com hipocrisias ou com os problemas que ocorriam na cidade de Corinto em decorrência da falta de uma vida de benignidade e no Espírito (II Co 6.6). "Os seguidores do evangelho não devem se inflexíveis e amargos, mas antes gentis e suaves (Martinho Lutero)". Segundo Mathew Henry devemos viver com: Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa.

BONDADE: O Termo grego usado para bondade é "agathosune" que significa retidão, prosperidade e gentileza. Sobre este tema o apóstolo Paulo orienta os crentes em Roma:" Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestardes uns aos outros". (Rm 15.14). Assim a bondade funciona como uma qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas, sobre este tema Martinho Lutero assim expressou: "Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade".Este é grande desafio da bondade, transformar a mera reflexão em ação, ou seja, não ser bondoso apenas de palavras, mas com ações, amar realmente o próximo e lembra-se todos os dias que o meu próximo não é aquele que eu encontro pelos caminhos da vida, mas aqueles em cujo caminho eu me coloco. A bondade expressa a humildade que é a beleza da santidade, realmente se trilharmos caminhos bons, construiremos pontes entre as pessoas e não muralhas, seremos conhecidos não apenas pelo que pregamos, mas pelo que realizamos em vida, pois o grande interesse da vida não é apenas viver, mas deixar marcas.

FIDELIDADE: No original grego é "pistis", que significa fidelidade ou confiança. Esta fidelidade indubitavelmente tem a ver com a fé, pois quando temos uma fé com fundamento (I Jo 5.4), verdadeiramente somos fieis a palavra, pois procuramos viver segundo os ditames da sã doutrina. A fé é gerada em nós pelo ouvir e o ouvir vem pela pregação da palavra (Rm 10.17), assim quando nossa fé é baseada nas escrituras e não em emoções somos discípulos de Cristo (Jo 8.31), o que irá nos tornar fieis ao Senhor. Esta fidelidade é gerada em nós através da fé salvadora, que é o meio pelo qual o Espírito Santo gera em nós fé para aceitarmos o convite da salvação (Ef 2.8-9). A fé não é produto humano, mas uma ação divina, pois não vem de nós, mas é dom de Deus, é dado aquele que Jesus convida a salvação mediante a fé salvadora que é transmitida pela pregação da palavra de Deus. A fidelidade à doutrina é de suma importância para o caminhar cristão, pois o justo viverá da fé e caminhara de fé em fé rumo ao céu (Jo 1.17).

MANSIDÃO:
O vocábulo grego para mansidão é "prautes", que significa placidez e modéstia. Esta é uma das qualidades expressadas no sermão da montanha para aqueles que herdarão a terra. Os mansos herdarão a terra (Mt 5.5). Esta era uma das qualidades de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma". (Mt 11.29). A mansidão é associada com a mente de Cristo, consistindo-se em gentileza e bons tratos com o próximo, pois são marcas indissociáveis de quem possui a mente de Cristo. Ele nos ensinou mansidão (Lc 6.27-29), os servos de Deus devem possuir este atributo (Tg 3.13), e se revestirem continuamente de mansidão (Cl 3.12), para que possamos ter bom trato com os outros, um olhar mais humano sobre todos os acontecimentos do dia a dia, olhando tudo em volta com humildade e sobriedade, para que assim possamos nos conservar pacíficos, com serenidade e brandura que devem ser as marcas de um verdadeiro cristão.

TEMPERANÇA OU DOMÍNIO PRÓPRIO: No grego é "egkrateia" que significa autocontrole, referindo-se a autodisciplina que um cristão precisa ter em sua vida. Tiago em sua epistola assim ensina: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo". (Tg 3.2). Muitas vezes o egoísmo e as contendas querem prevalecer em nossas vidas, por isso devemos buscar aniquilar as obras da carne, para viver uma vida de moderação (II Tm 1.7), que é uma força contra a carne (Gl 5.17), fazendo com que o crente busque em tudo a direção do espírito (Gl 5.25). Se vivermos no espírito, andemos também no Espírito. Assim devemos procurar andar no espírito (Gl 5.16), pois se assim agirmos somos cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), porque somos guiados pelo Espírito (Gl 5.18) e assim passamos a desenvolver a temperança ou o domínio próprio. A temperança traz ricas bênçãos, pois ajuda o crente a rejeitar o mal (Sl 141.4, Dn 1.8) e lhe dá o domínio para discernir todas as coisas mediante a sua rica experiência com a palavra de Deus (I Ts 5.19, At 10.17).

 


 


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MALDIÇÃO HEREDITÁRIA PEGA EM CRISTÃO ?


                    Em cada época há uma nova "moda", tanto nos usos e costumes como nas realidades espirituais. Nos tempos da Igreja primitiva apareceram os gnósticos e os judaizantes, que por um longo período de tempo geraram muitos problemas no seio da igreja do primeiro século, sendo que com o passar do tempo esses grupos desapareceram, mas contudo surgiram outros iguais ou piores. Atualmente entre as promoções mais famigeradas da época em que vivemos, a mais propalada e praticada é a quebra de maldição que se resume a uma muleta que os cristãos justificam quando alguma tribulação ou provação se faz presente em suas vidas. Quando as relações entre marido e mulher não vão bem, maldição, precisa ser quebrada, os negócios não vão bem, maldição precisa ser quebrada, falta de dinheiro na família, maldição precisa ser quebrada, enfim tudo é maldição que precisa ser quebrada, mas daí surge uma pergunta, onde esta o poder da cruz de Cristo. Não nos deixemos enredar com essas promoções, pois sabemos que infelizmente esse ensinamento faz sucesso em nosso país, mais pelo misticismo do que pelo conhecimento bíblico.

Hoje muitos acreditam que um cristão possa estar debaixo de uma maldição e por isso precisa quebrar essa maldição hereditária que o persegue a anos
, desde que ele nasceu, pois foi herdada de seus pais. Todavia a Bíblia não apóia essa idéia: " A alma que pecar essa morrerá, o filho não levará a maldade do pai, nem o pai a maldade do filho" – Ez 18:20.

Ninguém pode amaldiçoar aquilo que Deus abençoou: Quando Balaque, rei de Moabe estava em guerra com Israel, ele contratou o vidente Balaão para amaldiçoar ao povo hebreu. No entanto esse nas sua idas e vindas com Deus, tentou amaldiçoar Israel, mas todas as vezes Deus não o permitiu: "Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel…" - Números 23:23. Ninguém pode amaldiçoar aquilo que Deus santificou. Quando uma pessoa aceita a Jesus e tem os seus pecados perdoados, não importa o seu passado e sim que a partir daquele momento ele é marcado pela proteção divina, e nenhuma maldição do passado, ou hereditária tem poder sobre a sua vida, pois ele se tornou filho de Deus, e qual o pai que não vai proteger os seus filhos? : " pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti" – Is 49:15. Quem esta em Cristo esta protegido pelo sangue de Jesus. "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado". - 1 João 1:7.

Cristo riscou a cédula que era contra nós, cravando-a na cruz (Cl 2:14), sendo que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Não olhe para o seu passado, pois quem esta em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já se passaram e eis que tudo se fez novo (II Co 5:17).

"EM CRISTO, SOMOS LIVRE DE TODO O TIPO DE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA,SENDO QUE A RESPONSABILIDADE DA SALVAÇÃO É INDIVIDUAL, DEVENDO CADA CRISTÃO BUSCAR CADA VEZ MAIS O FRUTO DO ESPÍRITO QUE SÃO EXPRESSÕES DO CARATER DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS, POIS ESPIRITUALIDADE É O TRIUNFO DA GRAÇA"



PR. ORLANDO MARTINS

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

PODE UM CRENTE SINCERO HERDAR UMA MALDIÇAO HEREDITÁRIA?

PODE UM CRENTE SINCERO HERDAR UMA MALDIÇAO HEREDITÁRIA?


Pr. Elinaldo Renovato de Lima, escritor da CPAD


INTRODUÇÃO

Esse é um assunto muito polêmico, que tem ocupado espaço em revistas, livros e jornais, bem como tem sido tema de palestras em muitos seminários, principalmente nos que falam de "batalha espiritual". A fim de que haja um melhor entendimento sobre o tema, resolvemos estudá-lo na forma de perguntas e respostas.

1. O PROBLEMA: Segundo os que crêem na transmissão da maldição hereditária, mesmo os crentes em Jesus, nascidos de novo, estão sujeitos a sofrer as terríveis consequências dos pecados e das maldades praticadas pelos ancestrais, tais como doenças, insucessos na vida financeira, no trabalho, pecados sexuais, vícios, etc..

2. HÁ BASE BÍBLICA PARA TAL ENSINO ? Segundo os que aceitam essas ideias, elas se baseiam em Deuteronômio Ex. 20.05; Dt 28.15. (Ler). Veremos mais abaixo.

3. LITERATURA SOBRE O ASSUNTO.

Um dos livros mais conhecidos sobre o assunto tem por título "QUEBRE A CADEIA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA", escrito por Marilyn Hickey, editado, no Brasil, pela Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno - ADHONEP. No livro, vemos, de início, a história de uma família, que herdou uma fazenda, nos Estados Unidos e que se viu em grandes dificuldades: nada dava certo; pragas na plantação; dívidas; doenças afetavam a família; lendo a Bíblia, concluíram que estavam debaixo de uma maldição hereditária. Segundo o livro, a família orou a Deus, e quebrou a maldição daquela terra, e ela produziu como nunca houvera acontecido.

O CASO JUKES-EDWARDS.

1) Da família de JUKES, o ateu, foram pesquisados 560 dos seus descendentes: Desses, 310 morreram em extrema pobreza; 150 tornaram -se criminosos, inclusive 7 assassinos; 100 descendentes foram beberrões; mais da metade das mulheres se prostituiu. Segundo cálculos, os descendentes de Jukes custaram ao Estado, com suas vidas desregradas, Um milhão e duzentos e cinquenta mil dólares.

2) Quanto à família de Jonathan Edwards, cristão praticante, com sua família, foram pesquisados 1394 dos seus descendentes, sendo constatado o seguinte: 295 receberam diplomas universitários, sendo que 23 chegaram a ser reitores de universidades; 65 foram professores universitários; 3 senadores dos Estados unidos; 3 governadores estaduais, e outros, ministros enviados a nações estrangeiras; 130 foram juizes, 100, advogados, sendo um reitor de uma faculdade de Direito, 56 médicos, sendo um reitor da faculdade de medicina; 75 oficiais na carreira militar; 100 missionários e pregadores famosos, bem como autores destacados; cerca de 80 desempenharam alguma função pública;3 foram prefeitos de grandes cidades; um foi superintendente do Tesouro norte-americano; um deles foi vice-presidente dos estados Unidos.

4. REFLETINDO SOBRE O PROBLEMA

4.1. A VISITAÇÃO DA MALDADE dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração por parte de Deus, é destinada aos que aborrecem a Deus e não a seus filhos. Com efeito, no versículo 5 de Dst 20, está escrito: "...Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem. No versículo 6, de Dst 20, lemos "E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos".

4.2. NUMA PRIMEIRA OBSERVAÇÃO

Com base nos textos citados, vemos que eles estão inseridos no contexto dos versículos 01 a 05, abrangendo o I e II. Mandamentos da Lei de Moisés, ditada por Deus. O primeiro mandamento, refere-se a não ter outros deuses além do Senhor; o segundo, diz que o seu povo não deve fazer imagem de escultura, não se encurvar a elas nem lhes servir, pois o Senhor visita a maldade dos descendentes dos que transgridem esse mandamento.

4.3. OS NASCIDOS DE NOVO

Os filhos de Deus, salvos pelo sangue de Jesus, já estão livres da maldição da Lei. Em Gl 3.13, lemos: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro". Esse texto deixa claro que com a morte de Cristo, os que o aceitam ficam livres da maldição que era prevista para aqueles que viviam no pecado, mas o aceitaram como salvador.

Outro texto interessante é o de 2 Co 5.17, que diz: "Eis que se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". As coisas velhas já passaram, graça a Deus. Que coisas velhas eram essas? Sem dúvida são as coisas herdadas do passado, do velho homem, da velha vida, coisas herdadas da família sem Deus: os maus hábitos, os maus costumes, a idolatria (que é a causa principal da maldição, conf. Ex 20.5), as feitiçarias.

Nada disso pode atingir mais o crente fiel, pois ele está guardado debaixo da proteção de Deus, cf. O Sl 9.1-7. "Não temerás espanto noturno nem seta que voe de dia, nem mortandade que assole ao meio dia; ..mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.."

Um outro texto para análise é o de Ne 13.2, que diz que Balaão saiu para amaldiçoar o povo de Israel, mas "...o nosso Deus converteu a maldição em bênção". No Ev. s. João, Cap 5.24, lemos que a salvação de Cristo é tão grande, que abrange toda a existência, no passado, no presente e no futuro, se perseverarmos até o fim. No presente: quem crê, TEM a vida eterna; No futuro: "não entrará mais em condenação" No passado: "Já passou da morte para a vida"

4.4. DEUS É O AGENTE DA MALDIÇÃO SOBRE OS QUE O ABORRECEM.

Um outro aspecto a se anotar é o seguinte: Em Ex 20.5 e em textos semelhantes, vemos que Deus é o sujeito da visitação da maldade ou da maldição sobre os que lhe desobedecem. Neste caso, perguntamos: Como Deus vai amaldiçoar a descendência daqueles que já aceitaram a Cristo como salvador? Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.

Ele não pode se contradizer, nem anular sua própria palavra. Se tomarmos com base Dst. 28, vemos , desde o v. 1 até o 14, as bênçãos previstas por Deus para que lhe obedecem. Ora, perguntamos, como podem tais bênçãos ocorrerem, se, ao mesmo tempo, por causa de pecados dos antepassados, a maldição persistir sobre a família dos servos de Deus? Parece-nos que existe uma contradição e um equívoco sobre os que ensinam sobre a maldição hereditária no que concerne aos crentes em Jesus.

5. COMO ENTENDER, ENTÃO, CASOS DE DOENÇAS QUE PASSAM DE GERAÇÃO A GERAÇÃO E DE PERTURBAÇÕES MALIGNAS SOBRE FAMÍLIAS DE CRENTES SINCEROS E FIEIS?

Na verdade, há casos em que famílias de crentes em Jesus, formadas por pessoas dedicadas e sinceras, que sofrem problemas os mais diversos, em termos de saúde, e adversidades financeiras e até de perturbações por parte do maligno. Segundo entendemos, as consequências do pecado de um pai podem passar para os seus descendentes.

1) Nos descrentes, sim, como maldição prevista por Deus, ou como consequência natural do pecado sobre a descendência. Um pai alcoólatra, com sífilis, certamente vai transmitir aos seus filhos as consequências do pecado, mas não o pecado em si. Um pai ou uma mãe aidética passa a enfermidade para o filho no ventre. Esse é um ponto importante: o que se transmite, hereditariamente, são os efeitos do pecado e não o pecado, pois este, segundo a Bíblia, não é hereditário. É de responsabilidade pessoal (Ver Ez 18). A Bíblia diz em Dt 24.16: "Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais: cada qual morrerá pelo seu pecado".

Vemos aí a justiça de Deus, não permitindo que os filhos, sem culpa, herdem as maldades dos pais, em termos espirituais, a ponto de morrerem por causa de seus antepassados. A responsabilidade moral e espiritual é individual perante Deus. Em Ezequiel , Cap 18, 20-22: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá".

Com isso, vemos que o pecado não passa de pai para filho. O que pode passar são os efeitos genéticos e também a influência moral dos pais sobre os filhos; estes tendem a seguir os exemplos bons ou maus de seus pais.

2) Nos crentes em Jesus, como consequência natural, genética e que pode ser curadas por Deus. Não tem sentido Deus, que é justo, continuar a amaldiçoar a família de alguém que aceitou a Jesus, sendo nova criatura, para quem "as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". De igual modo, mesmo sem ser maldição de Deus, os efeitos do pecado podem ser transmitidos de pais não-crentes para os filhos crentes em Jesus.

Nunca, porém, a maldição, pois quem está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo. Em Rm 8.1, lemos: "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito". Assim, não mais condenação ou maldição para os que estão em Cristo Jesus..
Em Rm 8.33-39, lemos que o crente pode passar por situações as mais adversas, tais como por tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada, mas, diz S.Paulo: "Em todas essas coisas somos mais do que vencedores , por aquele que nos amou" . Ora, em todas essas coisas, até passando por fome, nudez (que não é nenhuma prosperidade), até nisto, somos mais do que vencedores e não amaldiçoados.

Nem toda doença é fruto do pecado da pessoa nem é maldição. Vemos o caso do cego de nascença, em Jo 9. "E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus". Vemos aí um caso o interessante: Nem os ancestrais pecaram, nem o homem cego. A doença ocorrera para que se manifestassem a s obras de Deus. Jesus curou o cego e seu nome foi glorificado.

3) No caso de perturbações malignas, elas tem origem na ação do Inimigo contra o crente e sua família e não como maldição de Deus sobre os descendentes. tais perturbações podem ser desfeitas pelo poder maravilhoso e na autoridade doo Nome de Jesus. No exemplo do livro, em que a fazenda dos crentes era prejudicada pela ação dos espíritos maus, originários na feitiçaria dos índios, antigos proprietários das terras, vemos que se tratavam de ações do maligno e não da maldade visitada por Deus.

Quando oraram ao Senhor, ele desfez o efeito daquelas maldades. No caso dos JUKES, sua descendência foi prejudicada pela maldade dos pais, cujos efeitos passaram para os filhos. Sem dúvida alguma, todos eles aborreceram ao Senhor, conforme está em Ex 20.5. Por isso, Deus visitou a maldade deles nas suas gerações. É um caso bem típico de maldição familiar herdada. Se um deles houvesse aceitado a Jesus como salvador, tudo se faria novo. As coisas velhas da família seriam anuladas em sua descendência, em termos espirituais. Em termos físicos, poderiam se beneficiar da cura divina ou dos recursos médicos, colocados à disposição do homem pelo próprio Deus.

No caso dos descendentes de Jonathan Edwards, vemos que eles aceitaram a Jesus como Salvador. Como consequência, a influência benéfica do exemplo dos pais se fez sentir sobre os filhos, bem como a bênção e a misericórdia de Deus de geração a geração.

6. CONCLUINDO:

Cremos que a visitação da maldade por Deus, sobre a terceira e quarta geração é para os que aborrecem a Deus, e não para os nascidos de novo; para estes, Deus tem prometido fazer misericórdia a milhares de seus descendentes. A maldição não é transmitida diretamente e sim os efeitos do pecado sobre os filhos. Se alguém aceita a Jesus, é nascido de novo, sua vida está debaixo da proteção divina, não cabendo mais nenhuma condenação ou maldição. Que Deus nos abençoe , que possamos entender as verdades espirituais à luz da Bíblia e não de especulações doutrinárias sensacionalistas e equivocadas.

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