terça-feira, 25 de dezembro de 2012

CRISTO, O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL!


Vivemos num tempo, que muitos se esquecem  do verdadeiro sentido do Natal, contudo, deveriam rever os seus valores, pois muito mais do que apelo comercial, o Natal é alegria, sendo que  nesta data comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, aquele que veio trazer paz, esperança e alegria para a humanidade. Contudo,  muitos, nem por um minuto do dia lembram-se do nascimento do messias o salvador do mundo e paradoxalmente lembram mais do Natal comercial do que do Natal espiritual.  Na verdade, o nosso Natal é comemorado de forma diferente, pois apesar de estarmos no mundo, não somos deste mundo e mesmo que saibamos que Natal é época de presentes, festa e comemoração, para nós o Natal é muito mais do que isso. É tempo de comemorarmos o nascimento de Jesus, pois esta é a mensagem do Evangelho: “ E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade... (Jo 1:14). Entendemos que a vinda de Jesus ao mundo é a prova do grandioso amor de Deus por nós. Comemorar o Natal é um privilégio quando lembramos que:  Deus amou ( a nós) de tal maneira que deu o seu filho unigênito (Jesus), para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). O Verdadeiro sentido do Natal é dar ao nosso próximo o que Deus já deu em nosso favor, o Seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz em nosso lugar. No AT, o profeta messiânico Isaias, profetizou o nascimento de Jesus o salvador: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6).  Natal é alegria e comunhão ( AT 2:42),  é esperança é ter Jesus em nosso coração (RM 5:5). Mais do que iguarias, festas em família e presentes, este dia só tem sentido quando o celebramos tendo JESUS CRISTO como o nosso Senhor e Salvador. Conquanto que a  mensagem de fé e esperança que  os anjos deram no primeiro natal: “Novas de grande alegria para todos”, continua muito atual, pois  JESUS CRISTO é o  verdadeiro sentido do NATAL! 

 
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da AD  do  BOM RETIRO em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
jornalísta, professor de Teologia e palestrante.

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pr.orlandomartins@gmail.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A LETRA MATA ?

 
 
Antigamente alguns pregadores afirmavam que o crente não precisava estudar, pois segundo eles: “A letra mata, mas o Espírito vivifica”. Os que defendem esse ponto de vista pecam ao confundirem espiritualidade com falta de conhecimento, sendo que por falta de entendimento Bíblico, muitos desses pregadores condenavam quem estudava a palavra, pois segundo eles o crente não precisa de teologia, mas de jejuologia. Conquanto que imbuídos por esse pensamento, alguns cristãos quando lêem a passagem de II Co 3:6-9, realmente pensam que estudar a Bíblia mata a espiritualidade, por isso são categóricos ao afirmar que a “ letra mata”. Entretanto por não lerem todo o contexto do aludido versículo, confundem a letra da lei judaica que era a interpretação rabínica da lei feita por intermédio do talmude ou os 613 preceitos da constituição de Israel com a palavra de Deus. É simples de se compreender essa passagem basta ler todo o contexto: “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecesse, como não será de maior glória o ministério do Espírito! Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior porção será glorioso o ministério da justiça” (II Co 3.6-9). Neste contexto não se observa nenhuma alusão ao cânon fechado, pois a Bíblia, não havia sido totalmente formada, sendo que o apóstolo Paulo estava se referindo ao modo de interpretação da lei promovida pelos lideres do judaísmo que com preceitos judaicos sem vida só condenavam e apontavam sem nenhuma misericórdia. Ao contrario do ministério do Espírito (Dispensação da graça) onde a salvação esta disposta a todos. Sendo que no aludido versículo se compara a transitoriedade da lei judaica, em comparação com a graça, pois hoje estamos vivendo a dispensação do Espírito, no qual a Bíblia encontra-se totalmente revelada e não apenas parcial, pois isso a palavra não mata, mas traz vida, pois o Espírito Santo vivifica a palavra em nossos corações. A espada do Espírito é a palavra (Ef 6.17), que deve ser examinada com cuidado , porque nela se encontram as palavras da vida eterna e são elas que de mim (Jesus) testificam (Jo 5.39). Se a letra matasse, não haveria tanta reverência com a palavra como houve por parte dos homens de Deus ao longo da narrativa bíblica, pois o conhecimento da palavra gera vida e vida em abundância, pois conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32), sendo que o apóstolo Paulo, foi enfático ao defender a inspiração das escrituras, pois nela o homem encontra as palavras da vida eterna (II Tm 3:16,17) e assim cresce espiritualmente e passa a ser cada vez mais parecido com Jesus.
 
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
jornalísta, professor de Teologia e palestrante.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

COMO DEFENDER A SUA FÉ!

 
Vivemos em um país com liberdade religiosa e portanto todos tem o direito de seguirem a religião que quiserem. No entanto, nem todas as religiões são boas, mas devemos saber discernir entre o certo e o errado, para não nos tornarmos presas fáceis para as sutilezas do mal. Sendo assim, urge, que tomemos a iniciativa de cada vez mais lutarmos pela verdade, assim como Judas o meio irmão de Jesus e Tiago que nos incentivou em sua pequena epistola : “Devemos batalhar pela fé, que uma vez por todas foi dada aos santos”(Jd V.3). No entanto muitos se levantam contra a verdade, o que torna imprescindível a cada cristão o uso da apologia que é a ciência que nos ensina a defender a fé Cristã. Atualmente , há muitos que duvidam da existência de Deus e/ou atacam a crença no Deus da Bíblia. Há muitos críticos que atacam a inspiração da Bíblia, afirmando que ela não passa de livro de mitologia ou até mesmo de lendas e contos. Diante deste quadro, a missão da apologética é combater esses movimentos e promover o Deus Cristão e a verdade Cristã. O versículo chave para a apologética Cristã é 1 Pedro 3:15-16: "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." Somos todos comandados a estarmos prontos e equipados a proclamar o Evangelho e defender nossa fé (Mateus 28:18-20; 1 Pedro 3:15). Seja você um defensor de sua fé! Não há nenhuma desculpa para um Cristão ser completamente incapaz de defender sua fé. Todo Cristão deve ser capaz de pelo menos dar uma apresentação razoável de sua fé em Cristo. Não, nem todo crente precisa ser um especialista em apologética. Todo Cristão, no entanto, deve saber no que acredita e por que acredita, como compartilhar sua fé com outras pessoas, e como defendê-la contra mentiras e ataques, sendo que isso se chama convicção, e todos devemos ser convictos de nossa fé. Apologética Cristã é simplesmente apresentar uma defesa básica da fé Cristã e da verdade Cristã àqueles que delas discordam, sendo um aspecto necessário da vida Cristã.
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
jornalísta, professor de Teologia e palestrante.


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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A ESSÊNCIA DO EVANGELHO

 
 
O Evangelho não se consiste apenas de palavras, mas de poder, não apenas de poder, mas de perdão, não apenas de perdão, mas de misericórdia, não apenas de misericórdia, mas de comunhão. Em suma o evangelho é um conjunto de fatores, unidos pelo mesmo sentimento, fundamentado pelo mesmo principio e que tem como base o AMOR, que é a fonte do cristianismo equilibrado, cristocêntrico, puro e simples e para corroborar com essa realidade, temos Jesus como o nosso grande paradigma. Em seu ministério terreno, Jesus procurou refletir em suas atitudes o pai e nós como servos de Deus devemos procurar refletir suas atitudes através do Fruto do Espírito (Gl 5:22) que significa expressões do caráter de Cristo em nossas vidas. Segundo D.W. Moody: “Caráter é o que somos no escuro”. Produzindo o fruto do Espírito iremos possuir o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o que na verdade é o cerne do cristianismo. Isaias apresentou Jesus como servo de Iahweh e dos homens (Is 52,13- 53:12), Jesus, por sua vez, se apresentou como aquele que serve (Lc 22:27), sendo que seu exemplo deve permear todo o modelo de cristianismo, e assim servir de base para nossa prática de espiritualidade e piedade para que assim possamos demonstrar o que é na essência ser um discípulo que baseia sua vida nos ensinos do Cristo-servo o qual veio para servir e não para ser servido (Mc 10:45), e assim dar a sua vida em resgate por muitos. Sendo o servir com alegria a missão de todos, pois o crente cheio do Espírito é alegre, vibrante, cheio de amor, valorizando o viver pela palavra. Ele não apenas lê a palavra, mas conhece ao Deus da palavra, não apenas carrega a Bíblia, mas retém a palavra, buscando diariamente uma experiência vivencial que gere intimidade com o Espírito Santo o que nos torna mais parecidos com Jesus.
 
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A DIVINDADE DE CRISTO E O CRISTÃO

 
 
Quando aceitamos a Jesus, procuramos não apenas compreender, mas empreender uma busca pela verdade, todavia, para que essa realidade seja algo presente em nossas vidas, devemos estudar a palavra, principalmente os evangelhos, e em especial o evangelho de João, pois nele se revela a salvação para todos os povos. Contudo os outros evangelistas, escreveram a sua mensagem para outros povos da época, como por exemplo:  Marcos escreveu o seu evangelho aos romanos, já Mateus para os judeus e Lucas para os gregos. Já João escreveu o seu evangelho para apresentar Jesus, não apenas como esperança para o judeu, mais para todos. O mais interessante no Evangelho de João é o uso que Jesus faz da gramática. Em sete ocasiões, identifica-se como "EU SOU": "Eu sou o pão da vida (Jo 6:35,51), bem como a luz do mundo (8:12;9.5), a porta das ovelhas (10.7,9), o bom pastor (10.11,14), a ressureição e a vida (11.25), o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6)e a videira verdadeira (15.1,5). O segredo deste padrão torna-se claro quando vemos Jesus afirmar: "Eu sou" . Jesus está utilizando em grego o nome hebreu de Deus. Em hebraico o nome Yahweh significa "Eu sou". Assim, Jesus está empregando este nome hebreu sagrado, sendo que assim como Deus se apresentou como EU SOU no AT, assim Jesus também se apresentou, o que corrobora a divindade de Cristo, Paulo disse: “Ele é a imagem do Deus invisível" . Pedro disse: “todo aquele que acredita NEle tem os seus pecados perdoados através de Seu nome”.“Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. (João 12:44), sendo ele o Cristo o ungido de Deus,a segunda pessoa da trindade, o Emanuel "Deus conosco". Temos refletido a importância de uma experiência pessoal com Deus através de uma compreensão correta da manifestação do Emanuel “Deus conosco”. Quando compreendemos o que é realmente ter uma experiência pessoal com Jesus, passamos a possuir uma alegria tão profunda que nos faz passar por qualquer tipo de adversidade, sendo ele é o nosso Senhor, o nosso salvador, como bem profetizou o profeta Isaias, ele seria chamado de Maravilhoso, conselheiro, pai da eternidade e príncipe da paz ( Is 9:6). Quem não tenhamos Cristo apenas como o nosso salvador, mas sim com o nosso Senhor, pois nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do entendimento.
 
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
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domingo, 2 de dezembro de 2012

O CRISTÃO E OS SINAIS DO ARREBATAMENTO!


Pr. Orlando Martins
Vivemos os últimos tempos e cada vez mais os sinais do arrebatamento são claros, fazendo com que cada cristão reflita o seu papel na sociedade, pois o nosso grande objetivo é estabelecer os valores do Reino de Deus entre os homens (Rm 14: 17). Entretanto muitos não creem no arrebatamento, outros acham que o Apocalipse é um livro mitológico ou histórico, sem nenhum tipo de aplicação para o tempo presente. Ledo engano, vivemos sim o final dos tempos, contudo devemos evitar os extremos, fugindo de dois polos. 1) Fanatismo: Nos tempos da Igreja primitiva, os membros da Igreja de Tessalônica iam para o teto de suas casas vestidos de branco próximo da meia noite, esperar Jesus voltar, outros na mesma localidade não queriam mais nem trabalhar. Recentemente no século passado, alguns pastores desencorajavam seus membros a estudarem, pois a qualquer momento Jesus ia voltar. Já outros demonizavam tudo, e sem nenhum tipo de cuidado bíblico, ficavam apontando tudo como a marca da besta ou o sinal dos últimos dias. Em um passado recente, alguns afirmavam que o código de barras era a marca da besta, já alguns pregadores exageravam nesse tipo de exposição, ensinando que “ Ao mil chegará, mas ao dois mil não passara”. Esse ditado, muito popular no século passado não esta escrito na Bíblia, mais era defendido com unhas e dentes como ensino bíblico. 2) Descrença: Infelizmente, muitos não creem no arrebatamento da Igreja, alegando que tal ensinamento não passa de mito e fabula, já outros cristãos até acreditam, mas creem que esse acontecimento vai demorar muito, ou seja vivem despreocupados com a volta de Jesus. Como cristãos devemos rejeitar tanto o fanatismo como a indiferença, pois, devemos pautar nossa vida pela doutrina bíblica e assim procurar crescer na verdade, pois os fundamentos da palavra são inabaláveis: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. O Ensino sobre o Arrebatamento, além de confrontador, é muito atual, pois realmente um dia Cristo voltará e cabe a cada um de nós sermos vigilantes: “Vigiai e orai” (Mt 26:41). Como cristãos devemos estudar cada vez mais a palavra, pois nela descobrimos muitas verdades bíblicas, sendo que um dia Cristo voltará, Maranata, ora vem Senhor Jesus!
Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
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domingo, 4 de novembro de 2012

EXISTE EVANGÉLICOS SUPERSTICIOSOS?


Pr. Orlando Martins

 
Um evangélico pode ser supersticioso? Pode, e neste estudo veremos como algumas pessoas se deixam levar por práticas supersticiosas. O termo superstição deriva do latim "supersto", que significa pairar por cima, ameaçar, dando a entender algum tipo de temor ou receio religioso, em face do desconhecido ou de forças naturais potencialmente negativas como os falsos deuses, a sorte, o destino etc.

Um léxico define como uma crença fundada sobre sentimentos emotivos, especialmente um temor, sendo crendices alicerçadas sobre a falta de maturidade. Teologicamente falando, superstição pode significar, entre muitas coisas, a falta de confiança na cruz de Cristo, bem como na palavra de Deus. Como discípulos de Cristo, devemos confiar plenamente no seu poder, o supersticioso passa por cima, pois nunca mergulha no oceano da palavra de Deus, sendo um eterno neófito. "E, estando Paulo no meio do areópago, disse: Varões atenienses, em tudo os vejo um tanto supersticiosos" (At 17.22). O Livro de Atos é um livro histórico missiológico dos primórdios da Igreja e nele encontramos relatos que contam o início da implantação da Igreja em Jerusalém, Samaria e na Ásia por intermédio das viagens de Paulo, Barnabé, Silas etc. Quando esteve em Atenas, o apóstolo Paulo encontrou um povo supersticioso, que vivia um sincretismo religioso,havia muita mistura naquela cidade. Adorava-se a diversos tipos de deuses,sendo Atenas o centro religioso do mundo greco-romano, lá havia mais estátua de deuses do que no resto da Grécia. Apesar de toda essa religiosidade, os atenienses ignoravam o verdadeiro Deus (At 17.23).Na mesma Grécia existia a cidade de Beréia, cujo povo analisava tudo para ver se o que Paulo e Silas ensinavam tinha base na lei (At 17.11) e foram considerados mais nobres que os de Tessalônica. Esses eram verdadeiramente nobres , pois rejeitavam toda superstição e rendiam-se ao senhorio da palavra de Deus.

 
SUPERSTIÇÕES ENTRE OS ATENIENSES

 
Em Atenas havia duas linhas filosóficas que permeavam o povo, o pensamento pregado por Estóico e o ensinado por Epicuros. Os estóicos pregavam que os homens eram livres de paixão e aceitavam passivamente tudo o que acontece na vida como destino inevitável. Já Epicuros pregava que o homem deve buscar na tranquilidade o seu bem maior. O povo acabava se tornando muito místico, era muito apegado às coisas materiais, não sabendo discernir as coisas espirituais, porque era altamente politeísta (At 17.6). Chegava-se ao despautério de confundir Jesus e a ressurreição. Como havia uma mente carnal (Cl 2.18), e não a mente de Cristo, confundia-se o ensino de Paulo, concernente à ressurreição,afirmando que esta era esposa de Jesus (At 17.18,19,20).

 
Analisando sob a ótica doutrinária, podemos encontrar diversos casos de superstição entre os personagens bíblicos.

 
Uso da arca por parte dos judeus para garantir a vitória de Israel  em combates contra os filisteus: "E, tornando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o Senhor, hoje, diante dos filisteus?Tragamos de Siló a arca do Senhor, e venha no meio de nós, para  que nos livre das mãos dos nossos inimigos" (I Sm 4.3).• Os fariseus usavam os filactérios para espantar maus espíritos e não
tocavam em defuntos. Os filactérios eram pequenas caixinhas de couro que continham citações da lei. Estas eram usadas ao redor do braço e na testa, sendo para eles uma forma de demonstração exterior da guarda da lei, além de uma proteção espiritual: "E fazem todas as obras a fim  de serem vistos pelos homens, pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas de suas vestes" (Mt 23.5).

 
• Herodes, o tretarca, ouvindo sobre a fama de Jesus afirmava que ele era a res surreição de João Batista: "E disse aos seus criados: Este é João Batista; ressuscitou dos mortos, e, por isso, estas maravilhas operam nele" (Mt 14.2).
 

Na quarta vigília, entre três e seis da manhã, dirigiu-se Jesus na direção do barco de seus discípulos, andando por sobre o mar. Contemplando esta cena, os seus discípulos o confundiram com um fantasma: "E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, e dizendo: É um fantasma e gritaram, com medo" (Mt 14.26).

 
Paulo e Barnabé são adorados em Listra. Estavam pregando o evangelho  (At 14.7), quando um coxo desde o seu nascimento, o qual nunca  tinha andado (Mt 14.8), ouvia a mensagem. Porém o apóstolo Paulo observou  nele fé suficiente para ser curado. Assim, disse em alta voz: "Levanta-te direito sobre teus pés". E ele saltou e andou (Mt 14.10). Diante deste milagre os habitantes da região passaram a crer que Paulo  e Barnabé representavam deuses da mitologia grega: "E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio, a Paulo, porque este era o que falava" (Mt 14.12).

 
SE NOS TEMPOS BÍBLICOS HAVIA SUPERSTIÇÃO ,NOS DIAS DE HOJE NÃO É DIFERENTE, POIS MUITOS HOJE VIVEM A TEOLOGIA DO MEDO E NÃO A TEOLOGIA DA CRUZ.

 
Durante a Idade Média, o clero católico, envaidecido de suas conquistas terrenas, diabolizava tudo que fosse contrário ao pensamento dominante, ensinando diversos tipos de superstições, como rezas, amuletos e histórias com fundo dominativo e interesseiro, afirmando que a terra era quadrada, e quem afirmasse o contrário era queimado na fogueira. Chegavam também a afirmar que a peste negra era um castigo dos céus, ou que quem navegasse pelos mares iria cair no abismo do grande dragão, pois ensinavam que a terra era quadrada. Como consequência desses ensinamentos, o povo apegava-se facilmente em anjos, imagens, símbolos ou amuletos. Com o advento da reforma protestante, essa influência tem sido paulatinamente eliminada. Desde a sua chegada ao Brasil, os protestantes buscam combater esses costumes, embora,em alguns casos, isso tenha se tornado uma tarefa cada vez mais difícil.

 
SUPERSTIÇÕES NO CONTEXTO SECULAR

 
- Não passar debaixo de escadas.
 
- Não passar próximo de gato preto. 

- Ter medo de tudo. 

- Considerar sexta-feira, dia 13, como um dia de azar. 

- Considerar agosto como o mês da desgraça.

 

Essa mistura tem se mostrado tão renitente a ponto de influenciar até mesmo os crentes em Jesus. Por falta de um discipulado sério, muitos se tornam cristãos, mas não abandonam o comportamento medroso e acabam trazendo para o seio da Igreja as velhas manias outrora usadas em outras linhas religiosas. Acabam apenas fazendo uma transferência de valores, substituindo amuletos de sorte pela caixa de promessas, por exemplo. A caixinha de promessas é uma bênção, quando usada com sabedoria e não como uma caixinha mágica. Estes, muitas vezes, por falta de uma aproximação genuína com a Bíblia, acabam seguindo qualquer vento de doutrina, a exemplo dos atenienses (At 17.21),sendo presa fácil para qualquer modismo.

 
MEIAS VERDADES

 Hoje existem muitas meias-verdades, mas a Bíblia nos orienta a buscar a verdade, que só pode ser encontrada em Jesus. (Jo 8.32,36). Alguns buscam um Jesus conforme os seus padrões morais e éticos. No início da era primitiva, a Igreja de Cristo foi solapada pelo gnosticismo, uma seita de origem filosófica que enaltecia o conhecimento sobrenatural e anulava o sacrifício e o sangue de Cristo. Os gnósticos compreendiam que Jesus era apenas um "aeon", ou seja, um ser evoluído que fazia ligações entre os mortais e o céu, como qualquer outro "aeon". O gnosticismo incomodou e trouxe muitos problemas as comunidades cristãs nos primeiros dois séculos depois de Cristo.

Infelizmente nos dias hodiernos não é diferente, alguns movimentos estranhos a luz da Bíblia, trazem muito problemas, gerando medo e superstição. Em alguns lugares existem práticas no minimo questionáveis a luz da palavra, tais como: culto aos anjos (Cl 2.18), falsas profecias (Mt 24.11), modismos antibíblicos,Quebra de maldição hereditária e outros ventos de doutrina.

Segundo um dos proponentes da quebra de maldição no Brasil:"Os cristãos têm que fazer quebra de maldição para poderem se libertar das influências malignas". Isso é inconcebível, a Bíblia declara-nos que quando confessamos nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar e nos tornar uma nova criatura. Por que o cristão justificado pela graça, por intermédio da fé, tem que praticar quebra de maldição? Pior, não querem somente quebrar as maldições dos crentes, mas também a maldição da nação. Segundo uma das líderes de um desses movimentos que creêm nesse tipo de ensino:"No Brasil, é necessário que se faça uma corrente de oração de norte a sul, orando do Oiapoque ao Chuí para que o nosso país possa ser perdoado e nossa terra sarada".

 
ANTIDOTOS CONTRA A SUPERSTIÇÃO E O ERRO
 

Primeiro deve haver um arrependimento genuíno (At 8.14-17), e uma familiarização com a Bíblia, procurando seguir os seguintes passos:

 

Ser discípulo de Cristo (8:31) 

Buscar primeiramente a palavra (Mt 22.29) 

Meditar na palavra (Js 1.8; Sl 119.97; Sl 119.8,9,105; Jo 5.39) 

Perseverar em Oração (At 1:14)
 

Os Cristãos devem ser  como os de Beréia, que analisavam tudo para ver se o que Paulo e Silas ensinavam encontrava base na lei (At 17.11),sendo considerados mais nobres que os de Tessalônica. Acima de tudo, deve buscar os fundamentos da Igreja primitiva, que são: a doutrina, a comunhão, o partir do pão e a oração (AT 2.42), lembrando que não são sonhos e nem visões que edificam o homem, mas a palavra de Deus, fonte de toda a sabedoria e revelação.



Pr. Orlando Martins

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

COMO VOCÊ PODE DESCOBRIR OS SEUS DONS ESPIRITUAIS?


(Matéria baseada no livro, O Poder de Deus de minha autoria. Para adquirir essa obra, basta entrar em contato comigo por email ou telefone. Para descobrir os seus dons, adquira esse livro!)
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Atualmente  a Igreja atravessa os seus últimos dias na terra, e é de suma importância que o corpo de Cristo venha a experimentar a realidade dos dons espirituais nos dias atuais. O apóstolo Pedro nos orienta a servir uns aos outros com os nossos dons, conforme a multiforme graça de Deus ( I Pe 4:10,11). Conquanto, devemos manter o pleno interesse por este tema que é de suma importância para o desenvolvimento da Igreja como corpo de Cristo na Terra (Rm 12:1-4). No original grego, a palavra Dom é “Charisma”, que significa presente, manifestações do Espírito, que nos são oferecidos mediante a graça divina por parte de Deus como sendo o doador dos Dons. De acordo com o pastor Russel N.Champlim em sua enciclopédia. “Charisma indica os dons do Espírito, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério. Além disso, enfoca também o dom da graça, que nos traz a salvação’’. Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta; o apóstolo Paulo nos orienta desta forma:” Enchei-vos do Espírito “(Ef 5.18)”.

NÃO EXISTEM APENAS, 3 OU 9 DONS, EXISTEM DIVERSOS
E TODOS SÃO NECESSÁRIOS!
 
              Na Bíblia, existem muitos dons, neste estudo listei um total de 26 dons divididos em três classes: Os dons do Pai (Rm 12.6-8), os dons do Filho (Ef 4:11), os dons do Espírito (I Co 12:8-10) e outros  dons que são encontrados na palavra. A verdadeira espiritualidade se manifesta através da piedade e da disciplina que são marcas de uma vida que produz o  fruto do espírito que se manifesta no amor.
 
                             Divisão dos Dons Bíblicos
 -Dons do Espírito Santo (I Co 12.8-11)
Palavra da sabedoria
Palavra do conhecimento
Dom da fé
Dons de curar
Sinais e maravilhas
Profecia
Discernimento de espíritos
Variedade de línguas
Interpretação de línguas
Dons do pai ou de serviço vocacional ( Rm 12.6-8)
Profecia (Mensageiro)
Ministério
Ensino
Exortação -
Repartir
Presidir
Compaixão-
 Dons ministeriais ou concedidos por Jesus (Ef 4:11)
Apóstolos
Profetas
Evangelistas
Pastores
Mestres
 Outros dons Bíblicos
Intercessão
Celibato
Música
Ajuda (Socorros)
Hospitalidade

 
 OS DONS TEM QUE SER DESCOBERTOS E DESENVOLVIDOS
Uma das fraquezas dos membros da Igreja de Cristo é não reconhecer, desenvolver e usar os dons espírituais que o Senhor distrubuiu a todo os membros do corpo de Cristo.

PROPÓSITO DOS DONS: Conceder capacidades espirituais a fim de edificar a Igreja, por meio da instrumentação dos crentes e para ganhar novos convertidos

1- A Igreja e o local de edificação e crescimento espiritual do crente (Ef 4:12; 14-15)

2 – A Igreja é o lugar onde cada crente, como sacerdote de Deus tem a sua função como acontece no corpo humano (I PE 2:9; AP 1:6; I Co 12:12-27)

3 – Os Dons são oferecidos a Igreja

O MAU USO DOS DONS

- Os Dons não devem governar a Igreja.
- O mau uso do dom de profecia
- Excesso no uso dos dons o que gera o emocionalismo
- Valorizar mais os dons, do que a palavra
- Mau uso dos dons de sinais e maravilhas, com exageros na area de batalha espiritual
* Diabolização (Tudo é demônio!)
* Quebra de maldiçao hereditária
- Espíritualização excessiva
 
 QUATRO COISAS QUE OS DONS NÃO SÃO

1o.) Os dons espirituais não são talentos naturais.

Todo ser humano, em virtude de haver sido criado à imagem de Deus, possui certos talentos naturais. Talentos são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual. Os dons espirituais não devem ser considerados como talentos naturais consagrados a Deus. Pode haver uma certa ligação discernível entre as duas coisas,pois, em alguns casos (não em todos, é claro) Deus toma um talento natural em um incrédulo, e transforma isso em um dom espiritual, quando tal pessoa passa a fazer parte do Corpo de Cristo.

2o.) Não confunda os dons espirituais com o fruto do Espírito.

O fruto do Espírito, em seus vários aspectos, é descrito em Gálatas 5:22 e 23: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e domínio próprio. Este fruto é a conseqüência normal e esperada do crescimento, da maturidade, da semelhança com Cristo e da plenitude do Espírito Santo na vida de todos os crentes. Os dons espirituais sem o fruto do Espírito são como um pneu de automóvel sem ar.

3o.) Não confunda os dons espirituais com os papéis dos crentes.

Quando examinamos a lista dos dons espirituais torna-se patente que muitos deles descrevem atividades que são esperadas de cada crente. Talvez o mais óbvio de todos os dons espirituais seja também um dever do crente – a Fé. Por igual modo, alguns têm o dom do ministério ou do serviço, mas todos os crentes devem servir uns aos outros (Gl 5:13).

4o.) Não confunda os dons espirituais com dons simulados.
Leia Mt 24:24 e observe o alerta que Jesus nos faz. Jesus também falou sobre aqueles que profetizariam e expeliriam demônios em Seu nome, mas que na realidade seriam praticantes de iniqüidades (Mt 7:22 e 23). No Egito, quando da ação de Moisés em prol da libertação do povo israelita, os mágicos de Faraó puderam imitar um bom número das obras prodigiosas que Deus realizou por intermédio de Moisés (confira em Ex 7 e 8).

I CO 12:12 - ALCANCE DOS DONS ESPIRITUAIS

- Cada crente salvo tem pelo menos um dom ( I Pe 4:10)
- Cada crente deve ser fiel no uso do mesmo
- Nenhum crente possui todos os dons

DONS E CHAMADO

Muitos cristãos ficam angustiados porque não sabem para que Deus os chamou, e há outros que chegam a pensar que Deus tem prazer especial em nos chamar para realizar tarefas que não combinam com os nossos dons. Deus não chama ninguém para realizar uma tarefa para a qual ele não o capacitou. Por outro lado, se você descobrir quais são os seus dons estará muito próximo de saber também para que atividade Deus o chamou.

QUE COMBINAÇÃO DE DONS VOCÊ TEM?

Ninguém tem o direito de se vangloriar dos seus dons, pois cada pessoa no Corpo depende também dos dons dos outros (Rm 12:3, I Co 12:21-23). Cada cristão tem uma combinação diferente de dons.

COMO DESCOBRIR OS SEUS DONS OU O SEU DOM ESPIRITUAL?

Todo crente salvo possui dons espirituais, como também toda igreja local. Muitos desses talentos, porém continuam enterrados, como aquele talento não usado do capítulo 25 de Mateus; mas estes dons podem ser desenterrados e usados para a glória de Deus, visando ao desenvolvimento da igreja local.

Condições prévias fundamentais para a descoberta dos dons:

1. O primeiro passo é ser realmente convertido

2. O Segundo passo é orar no sentido de conhecer a vontade de Deus.

3. O Terceiro passo é ter uma vida de intimidade com Deus mediante o fruto do Espírito.

4. O Quarto passo é procurar ter um conhecimento amplo tanto sobre Dons como de Teologia Sistemática.

5: O Quinto passo é esperar confirmação por parte do Corpo de Cristo.

6. O Sexto passo é ter alegria. No exercício do dom, existe prazer!


Pr. Orlando Eduardo Capellão Martins
Vice-presidente da ADBR em Floripa "Ministério Mais de Cristo",
jornalísta, professor de Teologia e palestrante.








terça-feira, 16 de outubro de 2012

FRUTO DO ESPÍRITO, UM DESAFIO DIÁRIO!


Pr. Orlando Martins

Gálatas 5:22-23 nos diz: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio..." O fruto do Espírito é o resultado da presença do Espírito Santo na vida do Cristão. A Bíblia deixa bem claro que todos recebem o Espírito Santo no momento em que aceitam a Jesus (Romanos 8:9; 1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14), sendo que o principal propósito do Espírito Santo ao entrar na vida de um Cristão é transformar a sua vida e torna-lo parecido com Jesus. Os atributos que compõe o fruto do Espírito estão em direto contraste com as obras da carne que encontra-se exposto em Gálatas 5:19-21: "Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam." Gálatas 5:19-21 descreve a vida das pessoas, em proporções diferentes, quando elas não conhecem a Cristo e, portanto, não estão sob a influência do Espírito Santo. Nossa carne pecaminosa produz certos tipos de fruto (Gálatas 5:19-21), e o Espírito Santo produz outros tipos de fruto (Gálatas 5:22-23).

A vida Cristã é uma batalha entre as obras da natureza pecaminosa e os atributos que compõe o fruto do Espírito .Esta sim é a principal obra do Espírito, pois o Senhor está interessado num povo santo e de boas obras, que busque a santificação, tenha caráter e santidade para que assim possa fazer a diferença e implantar os valores do Reino entre os homens: " Porque o Reino de Deus, não é comida e bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo".


DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DO FRUTO DO ESPÍRITO SANTO


A Missão do Espírito Santo é conduzir o homem a toda a verdade transmitindo a este as palavras de Cristo, fazendo-os lembrar (Jo 5.39), através da espada do Espírito (Ef 6.17), transmitindo ao homem a capacidade de ser alvo da plenitude do Senhor. Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de estando arraigados e fundados em amor, poderdes, perfeitamente compreender, com todos os santos, qual a largura, e o comprimento, e altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3.17-19). Através do Fruto do Espírito Santo estas virtudes se manifestam na vida do crente e este é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18).

O Fruto do Espírito constitui-se em expressões do caráter de Cristo em nossas vidas, pois nos torna mais parecidos com o nosso mestre, restaurando o homem à imagem de Cristo (Rm 8.29, Cl 3.10), sendo que o Fruto do Espírito Santo produz santificação, pois ajuda o crente a ser mais submisso ao senhorio de Cristo através da limpeza pela palavra (Jo 15.3), o que conduzira o homem à santificação (Jo 17.17), apresentando a verdade (Jo 8.32, 36), tornando o salvo um eterno discípulo de nosso Senhor (Jo 8.31), o que irá ajudar o crente a dominar a sua velha natureza (II Co 5.17, Gl 5.16-17) e pontualmente desembocará no processo de santificação pautado pela palavra, que acontece de dentro para fora, ou seja começa no interior e reflete no caráter, demonstrando realmente o que é andar no espírito (Gl 5.16), manifestando assim a verdadeira santidade. "Com isto, não são as obras que fazem o homem ser bom, mas o homem bom faz as boas obras" (Martinho Lutero). Contrariando assim aquele velho ensino de que santidade possui correlação, com o legalismo, como alguns antigamente ensinavam. Para concluir este tópico acerca do tema supracitado, devemos devemos atentar que a palavra fruto encontra-se no singular e não no plural o que demonstra que é um fruto subdividido em nove atributos ou virtudes que tem no amor a sua origem, sendo esta a plataforma para a operação de todos os atributos que compõe o fruto do Espírito (Gl 5.22, I Co 13.1,4-8), pois quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (I Jo 4.7-8).

VIRTUDES QUE COMPÕE O FRUTO DO ESPÍRITO


AMOR: No original grego a palavra amor tem vários significados, podendo primeiramente ser definido como amor ágape, fileo ou storge. Como virtude principal e inicial do fruto do Espírito o amor aqui relatado é o ágape, ou seja, o amor divino.Este amor emana de Deus para o homem, pois o Senhor é a fonte de todo o amor (I Jo 4.8). O pastor Russel Norman Champlim em sua enciclopédia define este amor como." Um desejo intenso de agradar a Deus de fazer o bem à humanidade; a própria alma e o espírito de toda a verdadeira religião; cumprimento da lei e aquilo que dá energia a fé". Nós o amamos porque ele nos amou primeiro, e se somos regenerados pela sua graça e justificados pela fé, recebemos o amor de Deus que excede a todo o entendimento (Ef 3.18), cumprindo com isto os dois principais mandamentos da lei que foram enfatizados nos ensinos de Jesus quando este debatia principalmente com os escribas e fariseus, como no caso do debate inicial sobre o cumprimento da lei para herdar a vida eterna o que culminou com Jesus relatando a parábola do Samaritano. "Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27)". Agindo segundo este ensinamento passaremos realmente a possuir a plataforma para as outras virtudes do fruto do Espírito e cumpriremos cabalmente e com total integridade a religião pura e verdadeira, como ensina-nos Tiago o líder da igreja em Jerusalém e irmão de nosso mestre: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se da corrupção do mundo. (Tg 1.27)".Mediante este ensino exposto por Tiago o bispo de Jerusalém, devemos amar ao próximo, como a nós mesmos, pois mesmo se eu falasse a língua dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine (I Co 13.1), por isto devemos analisar o décimo terceiro capitulo da primeira epistola de Paulo a igreja de Corinto, analisando que: "A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta. A caridade nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão, havendo ciência, desaparecerá; porque em parte conhecemos e, em parte profetizamos.Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado".(I Co 13.4-10 ARC)" Analisando estes versículos sintomaticamente concluímos que o caminho para a santificação é a consevação diária do fruto que expressção o caráter de Cristo em nossas vidas.

GOZO: No original grego essa expressão é "chara", e trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa, e bondosa, caracterizando-se pela generosidade na dádiva aos outros, o que é resultado de um senso de bem estar e prazer na presença de Deus, o que é derivado de uma intimidade com o Senhor mediante a palavra (Os 6.3), o que gera regozijo no Espírito. Este gozo envolve todas as áreas de nossas vidas nos tornando mais tranqüilos e sensatos diante das situações, mesmo as mais adversas. Para entendermos este gozo basta analisamos o Salmo 23.1, quando o Rei Davi assim exclama: O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Diferente do que muitos pretensos teólogos pensam este nada me faltará não se encontra ligado apenas ligado a bens materiais, mas a presença de Deus, pois quando realmente meditamos na palavra somos prósperos espiritualmente (Js 1.8), confiantes em Deus (Sl 46.10), sabedores de que mesmo que nunca nos falte dias de tribulações ou de alegrias devemos estar sempre satiesfeitos (I Tm 6.8), pois como o Senhor ensinou a Paulo ele também deseja nos ensinar: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo, pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injurias, nas necessidades, nas perseguições, nas angustias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte. (II Co 12.9-10)". Devemos ser gratos a Deus em tudo porque escrevendo aos efésios Paulo assim nos ensinou: Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Quando entendemos verdadeiramente o que é a alegria no Espírito , teremos o gozo na alma como um refrigério que mesmo diante das piores situações, sendo que a graça do Senhor nos sustenta para nos mantermos fieis a sua palavra, não que não podemos sofrer, mas este refrigério nos ajudará a não deixarmos a nossa fé no eterno ir embora. Como também nos dias de alegria, esta virtude irá nos ensinar a atribuir a Deus todas as nossas conquistas diárias, para que assim não venhamos a nos ensoberbecer, mas sempre regozijarmos no Espírito Santo pelas nossas vitórias pessoais, pois isto é dádiva dele.

PAZ: Como virtude do Espírito é a paz que excede a todo o entendimento. Foi pelo intermédio da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20). A paz envolve muito mais do que uma simples tranqüilidade, ela se encontra totalmente ligada a transformação segundo a imagem de Cristo, onde passamos a desenvolver a mente de Cristo (Rm 12.1-2). Assim o crente sabe qual é a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus passando a desenvolver a maturidade cristã que irá permite-lo viver em paz com todos (I Ts 5.13, Hb 12.14). Abandonando assim por completo as implicações do eu humano, sabendo que como cristãos nossa maior preocupação deve ser refletir a pessoa de Cristo com nossas atitudes e busca sempre paz tanto interior como com todos. O Reino de Deus é paz (Rm 14.17), porque Deus é Deus de paz (Fp 4.9, II Ts 3.16), e é ele quem nos outorga a paz de Deus (Cl 3.15), que excede a todo o entendimento (Fp 4.7), pois as coisas do Espírito são loucura para aqueles que não são da fé. A paz faz do crente um pacificador (Pv 15.18), alguém que com sua palavra transmite paz, segurança e amor: A palavra dura suscita a irá, mas a palavra branda desvia o furor (Pv 15.1). Como crentes devemos procurar manter o vinculo da paz com todos, sejam estes crentes ou descrentes (Rm 12.18). Agindo assim iremos honrar as palavras de Cristo. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (Jo 14.27). Que a paz de Deus seja sempre o arbitro em todas as nossas atitudes e que por meio desta paz, façamos a diferença num mundo em volta de tendências pós-modernas.

LONGANIMIDADE:
No grego é "makruthumia" que significa uma qualidade atribuída a Deus, ou seja, que ele tolera pacificamente todas as iniqüidades do homem. Transliterando para a língua portuguesa é animo longo o que significa aquele que tem paciência diante de várias situações, em vez de ter animo precipitado (Pv 14.29). Na Bíblia encontramos referências sobre a longanimidade de Deus (I Pe 3.20), Jesus demonstrou toda a sua longanimidade diante de todas as situações ao qual foi alvo no seu ministério terreno. O Amor de Deus é derramado em nossos corações através da obra do Espírito Santo (Rm 5.5), assim esta virtude irá ajudar o cristão a ser longânimo tanto com os seus irmãos, como em todas as situações de sua vida. Só mesmo com paciência para agüentarmos o fardo do dia a dia, mas se tivermos o amor como plataforma, o gozo na alma como regozijo e a paz de Deus que excede a todo o entendimento como marca, certamente então demonstraremos o ânimo longo em todas as nossas atitudes, sendo uma expressão do domínio próprio, diante de todos os tipos de situações, sejam elas favoráveis ou não. Quando temos ânimo longo nos lembramos das palavras de nosso Senhor quando assim ensinou: Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34).

BENIGNIDADE: No original grego é "chestotes", que significa gentileza e bondade. Este termo também pode indicar excelência de caráter, honestidade, sendo Deus a sua fonte originaria e Cristo foi quem melhor exemplificou esta qualidade, passando a ser o nosso modelo Maximo de benignidade. O cristão que possui este atributo é gracioso, gentil, educado e amável. Na Bíblia podemos encontrar o exemplo de benignidade de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (II Co 10.1). Paulo orienta a igreja de Corinto a viver na benignidade e no espírito, ou seja, viver de uma forma espiritual e com amor, para que possa transmitir isto com atitudes reais e não com hipocrisias ou com os problemas que ocorriam na cidade de Corinto em decorrência da falta de uma vida de benignidade e no Espírito (II Co 6.6). "Os seguidores do evangelho não devem se inflexíveis e amargos, mas antes gentis e suaves (Martinho Lutero)". Segundo Mathew Henry devemos viver com: Doçura de temperamento, sobretudo para com os inferiores, predispondo-nos a uma atitude afável e cortês, que nos deixa facilmente abordáveis, quando alguém nos magoa.

BONDADE: O Termo grego usado para bondade é "agathosune" que significa retidão, prosperidade e gentileza. Sobre este tema o apóstolo Paulo orienta os crentes em Roma:" Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestardes uns aos outros". (Rm 15.14). Assim a bondade funciona como uma qualidade de generosidade e de ação gentil para com outras pessoas, sobre este tema Martinho Lutero assim expressou: "Uma pessoa é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade".Este é grande desafio da bondade, transformar a mera reflexão em ação, ou seja, não ser bondoso apenas de palavras, mas com ações, amar realmente o próximo e lembra-se todos os dias que o meu próximo não é aquele que eu encontro pelos caminhos da vida, mas aqueles em cujo caminho eu me coloco. A bondade expressa a humildade que é a beleza da santidade, realmente se trilharmos caminhos bons, construiremos pontes entre as pessoas e não muralhas, seremos conhecidos não apenas pelo que pregamos, mas pelo que realizamos em vida, pois o grande interesse da vida não é apenas viver, mas deixar marcas.

FIDELIDADE: No original grego é "pistis", que significa fidelidade ou confiança. Esta fidelidade indubitavelmente tem a ver com a fé, pois quando temos uma fé com fundamento (I Jo 5.4), verdadeiramente somos fieis a palavra, pois procuramos viver segundo os ditames da sã doutrina. A fé é gerada em nós pelo ouvir e o ouvir vem pela pregação da palavra (Rm 10.17), assim quando nossa fé é baseada nas escrituras e não em emoções somos discípulos de Cristo (Jo 8.31), o que irá nos tornar fieis ao Senhor. Esta fidelidade é gerada em nós através da fé salvadora, que é o meio pelo qual o Espírito Santo gera em nós fé para aceitarmos o convite da salvação (Ef 2.8-9). A fé não é produto humano, mas uma ação divina, pois não vem de nós, mas é dom de Deus, é dado aquele que Jesus convida a salvação mediante a fé salvadora que é transmitida pela pregação da palavra de Deus. A fidelidade à doutrina é de suma importância para o caminhar cristão, pois o justo viverá da fé e caminhara de fé em fé rumo ao céu (Jo 1.17).

MANSIDÃO:
O vocábulo grego para mansidão é "prautes", que significa placidez e modéstia. Esta é uma das qualidades expressadas no sermão da montanha para aqueles que herdarão a terra. Os mansos herdarão a terra (Mt 5.5). Esta era uma das qualidades de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma". (Mt 11.29). A mansidão é associada com a mente de Cristo, consistindo-se em gentileza e bons tratos com o próximo, pois são marcas indissociáveis de quem possui a mente de Cristo. Ele nos ensinou mansidão (Lc 6.27-29), os servos de Deus devem possuir este atributo (Tg 3.13), e se revestirem continuamente de mansidão (Cl 3.12), para que possamos ter bom trato com os outros, um olhar mais humano sobre todos os acontecimentos do dia a dia, olhando tudo em volta com humildade e sobriedade, para que assim possamos nos conservar pacíficos, com serenidade e brandura que devem ser as marcas de um verdadeiro cristão.

TEMPERANÇA OU DOMÍNIO PRÓPRIO: No grego é "egkrateia" que significa autocontrole, referindo-se a autodisciplina que um cristão precisa ter em sua vida. Tiago em sua epistola assim ensina: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo". (Tg 3.2). Muitas vezes o egoísmo e as contendas querem prevalecer em nossas vidas, por isso devemos buscar aniquilar as obras da carne, para viver uma vida de moderação (II Tm 1.7), que é uma força contra a carne (Gl 5.17), fazendo com que o crente busque em tudo a direção do espírito (Gl 5.25). Se vivermos no espírito, andemos também no Espírito. Assim devemos procurar andar no espírito (Gl 5.16), pois se assim agirmos somos cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), porque somos guiados pelo Espírito (Gl 5.18) e assim passamos a desenvolver a temperança ou o domínio próprio. A temperança traz ricas bênçãos, pois ajuda o crente a rejeitar o mal (Sl 141.4, Dn 1.8) e lhe dá o domínio para discernir todas as coisas mediante a sua rica experiência com a palavra de Deus (I Ts 5.19, At 10.17).

 


 


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