terça-feira, 29 de setembro de 2015

ESTA "LUA DE SANGUE", NÃO É UM SINAL DA VOLTA DE JESUS!


 Devemos ser cuidadosos com os exageros teológicos e com a escatologia midiática, pois, infelizmente, alguns pastores e pregadores, tem afirmado, que o eclipse lunar, que é conhecido popularmente como lua de sangue, é o sinal derradeiro da volta de Jesus. Caros irmãos, eclipses lunares, em que a cor da lua fica avermelhada "luas de sangue", são muito comuns na história, e para quem não sabe, eles coincidem as vezes com os calendários das festas judaicas. No entanto, existe uma explicação lógica e cientifica para isso. Para a ciência, a tétrade "lua de sangue", é um fenômeno explicado e previsível: só neste século serão oito. "O calendário judaico é baseado na Lua, e eventos festivos comumente correm em dias de Lua cheia, quando também há eclipses. Por essa razão, os eclipses eventualmente coincidem com essas datas", explica Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos. Já a cor avermelhada na Lua ocorre porque os raios de Sol que iluminam o satélite nesta ocasião são filtrados pela atmosfera da Terra, e chegam a ele com menos luz azul e mais vermelha.

Infelizmente, muitos creem que este eclipse, é um sinal apocalíptico, eu discordo, pois, entre ficar com a opinião de alguns, ou com as palavras de Paulo, eu fico com Paulo:

" Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, 2. que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. 3. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, 2 Tessalonicenses: 2. 1-3.

Eclipses, como este, sempre aconteceram, e se, este tipo de eclipse, fosse  o sinal derradeiro da volta de Jesus, o arrebatamento da Igreja, já teria acontecido há vários séculos! Os sinais da volta de Jesus se resumem em uma série de eventos e não num eclipse lunar! Cuidado com os exageros escatológicos.
 
"Não devemos estar preocupados, mas preparados!"

Pr. Orlando Martins

 Escritor, teólogo, jornalista, especialista em educação e mestrando em Teologia.

domingo, 13 de setembro de 2015

SERIE - DISTORÇÕES DE NOSSO TEMPO - QUEBRA DE MALDIÇÃO HEREDITÁRIA!


Em cada época há uma nova “moda”, tanto nos usos e costumes como nas realidades espirituais. Nos tempos da Igreja primitiva apareceram os gnósticos e os judaizantes, que por um longo período de tempo geraram muitos problemas no seio da igreja do primeiro século, sendo que com o passar do tempo esses grupos desapareceram, mas, contudo surgiram outros iguais ou piores. Atualmente entre as promoções mais famigeradas da época em que vivemos, a mais propalada e praticada é a quebra de maldição hereditária que se resume a uma muleta que os cristãos justificam quando alguma tribulação ou provação se faz presente em suas vidas. Conquanto que quando as relações entre marido e mulher não vão bem, maldição precisa ser quebrada, os negócios não vão bem, maldição precisa ser quebrada, falta de dinheiro na família, maldição precisa ser quebrada, enfim tudo é maldição que precisa ser quebrada, mas daí surge uma pergunta, aonde esta o poder da cruz de Cristo na vida de muitos?

 Hoje alguns acreditam que um cristão possa estar debaixo de uma maldição e por isso precisa quebrar essa maldição hereditária que o persegue a anos, desde que ele nasceu, pois foi herdada de seus pais. Assim Todavia a Bíblia não apóia essa idéia: “ A alma que pecar essa morrerá, o filho não levará a maldade do pai, nem o pai a maldade do filho” – Ez 18:20.

 Ninguém pode amaldiçoar aquilo que Deus abençoou: Quando Balaque, rei de Moabe estava em guerra com Israel, ele contratou o vidente Balaão para amaldiçoar ao povo hebreu. No entanto esse nas suas idas e vindas com Deus, tentou amaldiçoar Israel, mas todas às vezes Deus não o permitiu: “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel…” - Números 23:23. Sendo que ninguém pode amaldiçoar aquilo que Deus santificou. Quando uma pessoa aceita a Jesus e tem os seus pecados perdoados, não importa o seu passado e sim que a partir daquele momento ele é marcado pela proteção divina, e nenhuma maldição do passado, ou hereditária tem poder sobre a sua vida, pois ele se tornou filho de Deus, e qual o pai que não vai proteger os seus filhos? : “ pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti” – Is 49:15. Quem esta em Cristo esta protegido pelo sangue de Jesus. "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado". - 1 João 1:7. Cristo riscou a cédula que era contra nós, cravando-a na cruz (Cl 2:14) e que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Não olhe para o seu passado, pois quem esta em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já se passaram e eis que tudo se fez novo (II Co 5:17). Em Cristo, somos livres de todo o tipo de maldição hereditária, sendo que a responsabilidade da salvação é individual, devendo cada cristão buscar desenvolver o fruto do Espírito que são expressões do caráter de Cristo em nossas vidas.

 Pr. Orlando Martins
 teólogo, jornalista, escritor, especialista em educação e mestrando em Teologia

terça-feira, 8 de setembro de 2015

EXAGEROS E DISTORÇÕES NA MENSAGEM DA VOLTA DE JESUS!

Pr. Orlando Martins

 
 "Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade."
At 1:7

 Nos últimos meses, temos observado  alguns pastores ensinarem de modo sensacionalista sobre os sinais da volta de Jesus, e desta feita, acabam espiritualizando todo e qualquer fato, no entanto devemos ter cuidado com o fatalismo e com as escatomanias! Na Bíblia, não se permite falar em datas ou tempos, pois todos sabemos, que em nenhum momento, foi ensinado acerca deste tema, pelo contrário, a palavra nos adverti sobre este tipo de especulação, entretanto,  nos últimos meses, uma quantidade exacerbada de artigos, tem tratado deste tema, de modo radical e até mesmo sensacionalista, chegando inclusive, um grupo de pastores, a marcar a data aproximada do arrebatamento, o que é bastante conflitivo com os ensinamentos bíblicos, até porque não existe base teológica e nem doutrinal, para tamanha especulação! Creio, piamente nas profecias bíblicas e concordo com a importância do ensino bíblico sobre escatologia e acredito que estamos vivendo os últimos dias, no entanto, acho um pouco temerário e até mesmo precipitado, falar sobre datas!

 Muitos  exageram e querem viver uma escatomania , pensando, que qualquer fato ou fenômeno, é sinal da volta de Jesus. Quando lembro deste tema, logo, me vêm a mente, o código de barras e a Antiga União Soviética, pois muitos diziam que este código era o numero da besta e que a URSS, seria o berço do anticristo! Detalhe, hoje a União Soviética nem existe mais e o código de barras, é usado por todos. Desta feita, quando expomos algo, como sendo sinal dos últimos dias, temos que ser muito equilibrados e cuidadosos, ou nos esquecemos daquele famoso "versículo", que nem na Bíblia está escrito, mas, muitos pregadores ensinaram como verdade absoluta:

  " Ao mil passará, mas, ao dois mil não chegará". Irmãos, já estamos em 2015!

 Ao invés de estar preocupado, esteja preparado, independente se Jesus voltar, este ano, ou daqui há 80 anos, o que importa, é a certeza de nossa salvação!
 
Em breve, Jesus voltará, mas, ninguém pode precisar, nem o dia e nem a hora, desta feita, devemos viver uma vida equilibrada e digna de um modelo cristão, não vivendo com medo, mas buscando em cada instante a humildade, que é a beleza da santidade! Não podemos negar, que existem sinais que apontam para a volta de Jesus! No entanto, devemos buscar ser equilibrados e não fatalistas. Não devemos estar preocupados, mas preparados!

 
Pr. Orlando Martins
Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especialista  em educação, mestrando em Teologia na EST,escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em  seminários e faculdades  no estado de SC.
 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

TEOLOGIA DO OBREIRO - O MINISTÉRIO PASTORAL

Os pastores são aqueles que foram comissionados por Deus para dirigir a Igreja e cuidar de suas necessidades espirituais. Na Igreja primitiva eram chamados presbíteros (At 20.17), bispos ou supervisores (1 Tm 3.1; Tt 1.7). Como faz parte de um ministério divino, o pastor deve buscar em Deus aprovação em toda sua maneira de pensar e agir (2 Tm 2.15), além de também cumprir alguns pré-requisitos, pois o episcopado é considerado uma excelente obra (1 Tm 3.1). No grego, a palavra “episkopos” designa uma supervisão pastoral local. Ancião ou presbítero referiam-se ao mesmo cargo (Tt 1.5-9).

O candidato ao pastorado deve ter uma vida aprovada por Deus e apresentar os requisitos necessários àqueles que tencionam ser ministros do Senhor (1 Tm 3.1-7):
Qualificações morais: Ser irrepreensível. Segundo o evangelista Moody, “caráter é o que somos no escuro”. Apresentando um caráter probo e ilibado, ele será um homem de temperança e de bom testemunho (Is 8.20), refletindo o fruto do Espírito, que se constitui em expressões do caráter de Cristo em nossa vida (Gl 5.22).

Qualificações mentais: Com o fruto do Espírito, automaticamente, ele passa a ter a mente de Cristo e a ser uma pessoa que renova a sua mente diariamente com as coisas do céu, devendo ser apto para ensinar a Palavra com toda a dedicação (Rm 12.7), instruindo, redarguindo e corrigindo segundo a educação na justiça (2 Tm 3.17). Pelo fruto do Espírito, o pastor desenvolve em si o controle emocional necessário a alguém que lidera pessoas.

Qualificações pessoais: Deve ser hospitaleiro, experimentado, gostar de visitar todo o rebanho, os membros de todas as classes sociais, pois, dessa maneira, praticará a verdadeira religião, que consiste na visita aos órfãos, às viúvas e aos necessitados (Tg 1.27). Também cabe ao pastor oferecer a doutrina para a igreja, portanto, deve conhecer bem a palavra, para que leve o povo à verdade, pregando e ensinado  com amor , a fim de fundamentar a fé dos membros (Rm 10.17; Jd 3; 1 Jo 5.4).

O pastor deve ser exemplo no bom trato, na sinceridade, na gravidade, na linguagem sã, para que possa apresentar uma vida de integridade em tudo, e em nada venha a ser apontado (Tt 2.7-10). Não obstante, devemos nos lembrar de que somos assistidos por uma multidão de testemunhas (Hb 12.1). Cabe ao pastor apascentar o rebanho, tendo todo o cuidado com os membros, tratando-os não com força, mas com muito amor (1 Pe 5.2-3).
Deve também manter-se na dependência do Senhor, como um obreiro de oração, atualizado, leitor de bons livros e conhecedor profundo tanto de teologia como de liderança e de  psicologia pastoral.

Biblicamente, o verdadeiro pastor é aquele que dá a vida pelas ovelhas. O Senhor Jesus nos ensina que ele deve protegê-las dos ataques dos falsos mestres, exercendo sua liderança com humildade, pelo serviço, sendo um líder-servo. Todo líder deve aprender a delegar funções, procurando desenvolver cada membro em uma área da igreja.

O grande objetivo pastoral é formar pessoas por meio do discipulado. O verdadeiro líder não é aquele que comanda sozinho, mas sabe delegar funções e formar novos obreiros. É indispensável que o pastor tenha autoridade para exortar, aconselhar e ensinar (1 Tm 3.2). Subentende-se, portanto, que o ministério pastoral deve ser precedido de uma vocação para o aconselhamento, evidentemente sem prejuízo das demais atribuições eclesiásticas, de natureza espiritual e administrativa.

domingo, 6 de setembro de 2015

SÉRIE CULTURA BÍBLICA - A PALESTINA DO PRIMEIRO SÉCULO

Orlando Martins

 
Para compreendermos bem os tempos de Cristo, é imprescindível, conhecermos como era a Palestina do primeiro século. De acordo com o doutor Russel Normam Champlim, em sua enciclopédia: “ O  nomes Palestina deriva-se dos filisteus (peleste), um povo não semita, proveniente da região do mar Egeu”.  – 1 .A Região que hoje conhecemos por Palestina, também era chamada de terra santa.

Geografia da Palestína: O território da Palestina, é reativamente pequeno, tendo aproximadamente 150 km de norte a sul e 70 km de largura em média, sendo minúsculo em tamanho, mas, gigante em relevância para a história da humanidade.

A Palestina nos tempos de Jesus:   É difícil tirar todo o proveito da leitura dos evangelhos e não conhecermos alguma coisa da terra, ambiente e mecanismos da sociedade e da cultura em que Jesus viveu há dois mil anos atrás, Jesus viveu na Palestina, uma pequena faixa de terra, com área de 20 mil quilômetros quadrados., correspondente ao tamanho do estado de Sergipe.


A Palestina é dividida de alto a baixo por um cadeia de montanhas que muito influi no seu clima. Com efeito, na parte oeste, o vento frio do mar, ao chocar-se com a parte montanhosa, provoca chuvas freqüentes, beneficiando toda a faixa costeira.

Jerusalém:Nos tempos do primeiro século, Jerusalém contava com aproximadamente 50.000 habitantes, sendo um dos principais centros da época, e esta situada no extremo de um planalto, a 760 m acima do nível do mar mediterrâneo e 1145 m acima do nível do mar morto. Por ocasião das grandes festas, chegava a receber 180.000 peregrinos.

Tensões culturais:Segundo o doutor Merrill Tenney: “O Mundo do primeiro século se apresentava como um tumulto e culturas conflitantes” - 2

Economia da Palestina:As atividades que formam a base da economia no tempo de Jesus são duas: a agricultura e a pecuária (junto com a pesca) de um lado, e o artesanato, de outro.

Circulação dos produtos comerciais:A circulação de toda mercadoria produzida, tanto na agricultura, como no artesanato, forma outra grande atividade econômica: o comércio. Este se desenvolve mais nas cidades e está nas mãos dos grandes proprietários de terras. Nos povoados, o comércio é reduzido e o sistema é mais de troca.

 
Impostos:Toda a atividade comercial é controlada por um sistema de impostos e essa política faz com que tanto o estado judaico como o estado romano se tornem monopolizadores da circulação  das mercadorias, o que proporcionava grandes arrecadações. Há também, taxas para transportar mercadorias de uma cidade para a outra o que tornava os impostos quase insuportáveis no primeiro século.

Na Palestina do primeiro século as classes sociais eram divididas a grosso modo entre ricos e pobres, não havia uma classe média em termos efetivos, mas estavam assim divididas

 
A aristocracia:Predominantemente religiosa,a ela pertenciam os sacerdotes e os escribas, eram os responsáveis pelo controle do movimento comercial do templo.

 
Os pobres: Classe formada por lavradores, artesãos e pequenos negociantes, a grande massa da população era composta pelos pobres.

Os escravos: Muito embora em pequena escala, mas os escravos existiam no contexto social da Palestina e havia três categorias: A)servos assalariado, jornaleiro ( Misthoi); B) Servos (Gr.Doulos); C) Criados (Gr. Paides).

 
A PALESTINA NO PRIMEIRO SÉCULO DA ERA CRISTÃ:


        A religião judaica estava bastante estratificada na Palestina do primeiro século. O Israel do 1º século possuía uma gama de facções e grupos étnico-filosófico-político-religiosos que promoviam uma nação fragmentada

 
Os fariseus: Fariseu quer dizer separado. Inicialmente aliados à elite sacerdotal e aos grandes proprietários de terra, os fariseus se afastam para dirigir o povo,embora mantenham distância do povo mais simples, porque alegam que estes não conhecem a lei. Os fariseus, eram extremamente  nacionalistas e hostis ao império romano. No campo religioso, os fariseus se caracterizavam pelo rigoroso cumprimento da lei em todos os campos e situações da vida diária, sendo extremamente conservadores e legalistas.

Os saduceus: Grupo dos sacerdotes, é formado pelos grandes proprietários de terra ( anciãos) e pelos membros da elite sacerdotal. Embora não se relacionassem diretamente com o povo, eram intransigentes em relação a ele, e viviam preocupados com a ordem publica, sendo estes os principais responsáveis pela morte de Jesus. No campo religioso, eram mais liberais do que os fariseus e muitos deles não acreditavam em vida pós-morte, céu, inferno e nem em anjos ou demônios.

Doutores da Lei ( Escribas): O Grupo dos doutores da lei, era composto pelos mestres da época e o seu grande poder reside no saber. Com efeito, são os interpretes da lei e daí serem especialistas em direito, administração e educação, sendo a influência deles exercida em três lugares: “Sinédrio,Sinagoga e Escola”.

Zelotas:Os zelotas se constituíram a partir dos fariseus e provem especialmente da classe dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade, massacrados por um sistema fiscal impiedoso. Eram muito religiosos e nacionalistas e desejavam expulsar os dominadores romanos (pagãos) do governo.

Herodianos (Partido de Herodes):Os herodianos são os funcionários da corte de Herodes e embora não formassem um grupo social, concretizavam a  dependência dos judeus aos romanos. Conservadores por excelência, eles tinham o poder civil da Galiléia nas mãos.

Essênios: Os essênios se tornaram mais conhecidos a partir da descoberta dos famosos documentos do Mar Morto em 1947. O grupo era resultado de uma  fusão entre um grupo de sacerdotes discidentes do clero de Jerusalém e de leigos exilados. Na época de Jesus, eles viviam em comunidades com estilo de vida bastante severa, caracterizada pelo sacerdócio, legalismo rigoroso, espiritualidade apocalíptica e a pretensão de ser o verdadeiro povo de Deus. Em alguns pontos se pareciam e muito com os fariseus, no entanto , eles possuíam uma ruptura radical com o judaísmo oficial.

Samaritanos:Apesar de não pertencerem ao judaísmo propriamente dito, os samaritanos são um grupo característico do ambiente palestinense. No entanto, eles são muito diferente dos demais grupos, principalmente dos judeus, pois os samaritanos não adoram em Jerusalém, e sim no monte Gerizim, não aceitam todo o Antigo Testamento e esperam um outro messias chamado Taeb (Aquele que volta), e esse messias não é descendente de Davi e sim um novo Moisés, que vai revelar a verdade e colocar tudo em ordem no final dos tempos. Desta feita, por possuir ensinos conflitantes, com os preceitos do AT, os samaritanos, eram considerados uma religião baseado no sincretismo.

Religião: A Religião dos judeus nos tempos de Jesus está centrada em dois pólos fundamentais: o templo e a sinagoga.

Templo: É sem duvida o centro da fé em Israel. É nele que todos os judeus, também os da dispersão, devem se reunir para prestar culto a Deus.

A Sinagoga: É o lugar onde o povo se reúne para a oração, para ouvir a palavra de Deus e para a pregação, sendo que qualquer israelita adulto pode fazer a leitura do texto bíblico na sinagoga, e pode escolher o texto que quiser usar.

Conclusão:O poder efetivo na Palestina do primeiro século  estava nas mãos dos romanos, que respeitavam a autonomia interna das regiões dominadas. O centro do poder político interno localizava-se no Templo de Jerusalém. Assessorado por 71 membros do Sinédrio (tribunal criminal, político e religioso), o sumo sacerdote exercia grande influência sobre os judeus, mesmo os que viviam fora da Palestina. Para o Templo e as sinagogas convergia a vida dos judeus.


Referências

1     - CHAMPLIM, Russel Normam. Enciclopedia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Hagnos, 2004


2 - TENNEY, C.Merril, Tempos do Novo Testamento. CPAD,  2010, Rio de Janeiro.



Pr. Orlando Martins
Vice - presidente da  AD  Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especialista em  educação, mestrando em Teologia, escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em   seminários e faculdades  no estado de SC.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O QUE É UM AVIVAMENTO?


Atualmente, muitos falam sobre avivamento, pregam sobre este tema e até mesmo  buscam por esta experiência, mas o que realmente é um avivamento? Pensando neste tema, pude refletir que avivamento é a necessidade urgente da Igreja, haja vista que quando somos avivados é porque o Senhor gerou em nosso ser um profundo despertamento dos valores da fé cristã. Em tempos de avivamento existe arrependimento , a Igreja não apenas participa d...o culto, mas adora, nos lares as famílias se reúnem nos cultos domésticos, a igreja se fortalece na palavra e todos buscam a presença do Senhor! Sob a ótica bíblica não é fruto de emoções, mas da ação poderosa do Espírito por meio da palavra, o que desemboca em arrependimento, contrição e quebrantamento! Caro irmão, é possível buscarmos um avivamento, basta que a cada dia sejamos vencidos pelo Senhor e tocados pelo seu amor. Os capítulos 8 a 10 de Neemias descrevem um dos maiores avivamentos do Antigo Testamento e apontam vários instrumentos fundamentais para um avivamento e renovação espirituais; são eles: a Palavra de Deus(8:1-8), a oração(8:6), a confissão de pecados(cap.9), um coração quebrantado e contrito(8:9), renúncia às práticas pecaminosas da sociedade contemporânea(9:2) e renovação do compromisso de andar segundo a vontade de Deus e de fazer da Palavra de Deus a nossa regra de fé e prática(10:29). Ser um cristão avivado, não significa apenas viver de modo transcendental, mas sim buscar a cada dia uma nova experiência com Deus por meio de sua palavra, é orar até nos sentirmos esvaziados de nós mesmos, sendo o resultado inevitável do poder da palavra em nosso coração, como fruto do triunfo da graça em nossas vidas, isto é avivamento! Portanto, avivamento é a resposta para uma geração faminta pela presença de Deus! Caro irmão você tem fome e sede da presença de Deus? “ Vinde e tornemos para o Senhor” – Os 6:1

Pr. Orlando Martins



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