domingo, 7 de setembro de 2014

TANAKH, A BÍBLIA QUE JESUS LIA!


 A Palestina dos tempos de Cristo, ainda não se lia a Bíblia que eu e você conhecemos, haja vista que o NT não havia sido escrito, entretanto , o livro sagrado que todo o judeu lia era a Tanakh, utilizada entre os judeus como sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia hebraica ou a Bíblia que Jesus lia. O conteúdo da Tanakh é equivalente ao do Antigo Testamento, e é composta por vinte e quatro livros, sendo esses os mesmos encontrados no Antigo Testamento evangélico, mas com ordem e enumeração diferente, haja vista, que alguns livros que estão divididos na Bíblia cristã , os judeus contam como somente um. De acordo com a tradição, o Canon Judaico (Tanakh) é composto por 24 livros que se agrupam em 3 conjuntos: "Lei, Profetas e Escritos" 1) TORAH: - cinco livros, o equivalente ao “Pentateuco ou a Lei ”; 2) NEVIIM - oito livros (Profetas), o equivalente aos livros escritos anteriores ao exilio (Profetas anteriores): Josué; Juizes; 1 Samuel e 2 Samuel; 1 Reis e 2 Reis e os escritos posteriores ao exilio (Profetas posteriores), que são compostos pelos seguintes livros (4) Isaías; Jeremias; Ezequiel e os 12 profetas menores. 3)KETUVIM - onze livros (Escritos): Composto pelos livros poéticos e trechos de alguns livros proféticos. Esses vinte e quatro livros são os mesmos encontrados no Antigo Testamento protestante, sendo essa a Bíblia que Jesus lia, em um tempo que na Palestina, o judeu comum falava aramaico e os religiosos do templo e da sinagoga falavam hebraico, sendo a Tanakh, escrita em hebraico com pequenos trechos em aramaico. O Mesmo amor que o judeu possuía pela Tanakh, eu e você devemos possuir pela Bíblia, que além do AT, conta também com o NT, sendo a revelação de Deus para o homem. Infelizmente 90% dos cristãos não leem a palavra diariamente, contudo o judeu tinha como habito o estudo diário da Tanakh. Devemos não apenas ler as escrituras, mas meditar e estudar, haja vista que o conhecimento da palavra, produz vida e vida em abundância.

Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especializando em educação,escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em  seminários e faculdades  no estado de SC.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

COMO COMPREENDER O ANTIGO TESTAMENTO


Para que possamos compreender o AT, é necessário que entendamos que o AT é refletido no Novo e que a compreensão da antiga aliança, acontece a luz da nova, como que por um espelho, onde o novo reflete o antigo, já que o antigo apontava para o novo, ensino esse corroborado pelo apóstolo Paulo na epistola aos Colossenses (Cl 2:17)

No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se  com alguma imagem feita pelos homens. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua  possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence,  haja vista o período dos juízes na qual Deus julgava o seu povo, quando estes pecavam, mas agia com amor e misericórdia, levantando juízes que julgavam o povo com justiça e equidade.  A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.  Conquanto que os primeiros   cristãos passaram a interpretar as Escrituras à maneira de Jesus, adaptando  a sua interpretação à nova realidade criada pela ressurreição de Jesus, na qual os cristãos viram a confirmação divina do seu carácter messiânico. Enquanto Jesus leu nas Escrituras antes de mais o anúncio do Reino de Deus de cuja instauração era o arauto, sendo que a partir daquele momento fora inaugurado os valores do reino entre os homens. “ O Reino de Deus, não é comida e nem bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo”.

Pr. Orlando Martins
pastor e professor de teologia 

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