quinta-feira, 20 de novembro de 2014

LIVRO: "UM PRESENTE DE DEUS PARA VOCÊ"

LIVRO - UM PRESENTE DE DEUS PARA VOCÊ!
AUTOR - PR ORLANDO MARTINS
EDITORA CANDEIA
ADQUIRA PELO SITE: WWW.EDITORACANDEIA.COM.BR
TRECHO DO LIVRO 

A missão do Espírito Santo é conduzir toda a verdade ao homem, transmitindo-lhe as palavras de Cristo, dando-lhe a capacidade de ser alvo da plenitude do Senhor. “Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração, a fimde, estando arraigados e fundados em amor, poder perfeitamente compreender, com todos os santos, qual a largura e o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.17-19). Por meio do fruto do Espírito estas virtudes se manifestam na vida do crente e este é cheio do Espírito Santo (Ef 5.18).

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lançamento do livro "Um presente de Deus para você" - Pr. Orlando e editado pela editora candeia

A Assembléia de Deus Mais de Cristo receberá pela primeira vez no dia 23 de Novembro às 20h a Editora Candeia, conhecida em todo Brasil através da coleção Velho e o Novo Testamento interpretado versículo por versículo entre outras grandes obras teológicas. O motivo de sua vinda a capital catarinense é lançar o livro “Um presente de Deus para você” de autoria do pastor Orlando Martins.
O pastor Orlando Martins é vice presidente da AD Mais de Cristo, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor da Escola de Sabedoria. Também leciona em diversas Faculdades e Escolas Teológicas e em Seminários de teologia em Santa Catarina onde é convidado.
Essa obra, que levou sete anos para ser concluída, traz um teste que o ajudará a identificar qual é o seu dom, como ele se aplica e qual é a sua função no serviço do corpo de Cristo. Ela pode ser usada em escolas dominicais, células ou em estudo individual, pois tem um embasamento bíblico expositivo com várias referências. Leitura indispensável para aqueles que querem conhecer mais a Palavra de Deus.


O livro Um presente de Deus para você expõe os dons espirituais de uma maneira expositiva e de fácil entendimento. Nele você aprenderá o que são os dons, qual é a finalidade de cada um e quais os perigos que podem apresentar quando não são bem interpretados e aplicados. Deus nos deu os dons espirituais para usarmos na Igreja com o objetivo de engrandecer e dinamizar a boa obra do evangelho, em que Cristo é o cabeça e nós os membros. Assim como em um corpo cada membro tem a sua função, Deus designou cada um de nós para uma tarefa específica na Igreja.
O QUE: Lançamento do Livro “Um presente de Deus para você” com Editora Candeia
QUANDO: Segunda, 23 de novembro às 20h
ONDE: AD Mais de Cristo, Av. Gov. Ivo Silveira, 1833 – Capoeiras – Florianópolis/SC
QUANTO: Entrada Franca
Texto: Editora Candeia e adaptado pelo Pr Márcio Batista
Adquira a obra também pelo site: www.editoracandeia.com.br





domingo, 7 de setembro de 2014

TANAKH, A BÍBLIA QUE JESUS LIA!


 A Palestina dos tempos de Cristo, ainda não se lia a Bíblia que eu e você conhecemos, haja vista que o NT não havia sido escrito, entretanto , o livro sagrado que todo o judeu lia era a Tanakh, utilizada entre os judeus como sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia hebraica ou a Bíblia que Jesus lia. O conteúdo da Tanakh é equivalente ao do Antigo Testamento, e é composta por vinte e quatro livros, sendo esses os mesmos encontrados no Antigo Testamento evangélico, mas com ordem e enumeração diferente, haja vista, que alguns livros que estão divididos na Bíblia cristã , os judeus contam como somente um. De acordo com a tradição, o Canon Judaico (Tanakh) é composto por 24 livros que se agrupam em 3 conjuntos: "Lei, Profetas e Escritos" 1) TORAH: - cinco livros, o equivalente ao “Pentateuco ou a Lei ”; 2) NEVIIM - oito livros (Profetas), o equivalente aos livros escritos anteriores ao exilio (Profetas anteriores): Josué; Juizes; 1 Samuel e 2 Samuel; 1 Reis e 2 Reis e os escritos posteriores ao exilio (Profetas posteriores), que são compostos pelos seguintes livros (4) Isaías; Jeremias; Ezequiel e os 12 profetas menores. 3)KETUVIM - onze livros (Escritos): Composto pelos livros poéticos e trechos de alguns livros proféticos. Esses vinte e quatro livros são os mesmos encontrados no Antigo Testamento protestante, sendo essa a Bíblia que Jesus lia, em um tempo que na Palestina, o judeu comum falava aramaico e os religiosos do templo e da sinagoga falavam hebraico, sendo a Tanakh, escrita em hebraico com pequenos trechos em aramaico. O Mesmo amor que o judeu possuía pela Tanakh, eu e você devemos possuir pela Bíblia, que além do AT, conta também com o NT, sendo a revelação de Deus para o homem. Infelizmente 90% dos cristãos não leem a palavra diariamente, contudo o judeu tinha como habito o estudo diário da Tanakh. Devemos não apenas ler as escrituras, mas meditar e estudar, haja vista que o conhecimento da palavra, produz vida e vida em abundância.

Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especializando em educação,escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em  seminários e faculdades  no estado de SC.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

COMO COMPREENDER O ANTIGO TESTAMENTO


Para que possamos compreender o AT, é necessário que entendamos que o AT é refletido no Novo e que a compreensão da antiga aliança, acontece a luz da nova, como que por um espelho, onde o novo reflete o antigo, já que o antigo apontava para o novo, ensino esse corroborado pelo apóstolo Paulo na epistola aos Colossenses (Cl 2:17)

No Antigo Testamento, como em toda a Bíblia, é reconhecida, em sua origem, uma autêntica experiência religiosa. Deus se revelou ao povo de Israel na realidade da sua história e fez isso como o único Deus, Criador e Senhor do universo e da história, não se assemelhando a nenhuma outra experiência humana, nem identificando-se  com alguma imagem feita pelos homens. As idéias e a linguagem do Antigo Testamento transparecem nos escritos do Novo Testamento, em cujo pano de fundo está sempre presente o Deus do Antigo Testamento, o Pai de Jesus Cristo, em quem é revelado, definitivamente, o seu amor e a sua vontade salvadora para todo aquele que o recebe pela fé.
O Antigo Testamento dá especial atenção ao relacionamento de Deus com Israel, o seu povo escolhido. Um dos mais importantes aspectos desse relacionamento é a Aliança com Israel, mediante a qual Javé se compromete a ser o Deus daquele povo que tomou como a sua  possessão particular e dele exige o cumprimento religioso dos mandamentos e das leis divinas. Assim, a fé comum, as celebrações cúlticas e a observância da Lei são os elementos que configuram a unidade de Israel, uma unidade que se rompe quando se torna infiel ao Deus ao qual pertence,  haja vista o período dos juízes na qual Deus julgava o seu povo, quando estes pecavam, mas agia com amor e misericórdia, levantando juízes que julgavam o povo com justiça e equidade.  A história de Israel como povo escolhido revela que o mais importante é manter a sua identidade religiosa em meio ao mundo ao seu redor, passo necessário que será dado em direção à mensagem universal que depois, em Jesus Cristo, será proclamada pelo Novo Testamento.
Nem todos os aspectos do Antigo Testamento mantêm igual vigência para o cristão. O Antigo Testamento deve ser interpretado à luz da sua máxima instância, que é Jesus Cristo. A projeção histórica e profética do povo de Israel no Antigo Testamento é uma etapa precursora no caminho que conduz à plena revelação divina em Cristo (Hb 1.1-2). Por outro lado, o Novo Testamento é o testemunho de fé de que as promessas feitas por Deus a Israel são cumpridas com a vinda do Messias (cf., p. ex., Mt 1.23 Lc 3.4-6 At 2.16-21 Rm 15.9-12). Por isso, certas instruções absolutamente válidas para o povo judeu deixam de ser igualmente vigentes para o novo povo de Deus, que é a Igreja (cf. At 15 Gl 3.23-29 Cl 2.16-17 Hb 7.11-10.18) e alguns aspectos da lei de Moisés, do culto do Antigo Testamento e da doutrina sobre o destino do ser humano, pessoal e comunitariamente considerado, devem ser interpretados à luz do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus.  Conquanto que os primeiros   cristãos passaram a interpretar as Escrituras à maneira de Jesus, adaptando  a sua interpretação à nova realidade criada pela ressurreição de Jesus, na qual os cristãos viram a confirmação divina do seu carácter messiânico. Enquanto Jesus leu nas Escrituras antes de mais o anúncio do Reino de Deus de cuja instauração era o arauto, sendo que a partir daquele momento fora inaugurado os valores do reino entre os homens. “ O Reino de Deus, não é comida e nem bebida, mas paz, alegria e justiça no Espírito Santo”.

Pr. Orlando Martins
pastor e professor de teologia 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

COMO DEVEMOS DEFENDER A NOSSA FÉ?


Necessitamos cada vez mais defendermos a fé, pois como Igreja devemos compreender que temos uma missão não apenas para ganharmos almas, mas para defende-las de qualquer tipo de ataque que possa gerar duvidas no coração das pessoas. Roque M. Andrade em seu livro “A Religião Cristã” – ed. Juerp, pág. 69, afirma: “A apologética vem a ser o conjunto de noções pelas quais se pode empenhar alguém na tarefa de articular qualquer defesa racional”. E continua: “O cristianismo sempre contou com excelentes apologistas, principalmente no decurso dos primeiros séculos desde seu surgimento na história universal”. Defender a fé de forma clara e concisa é oferecer respostas fiéis e seguras a todas as pessoas que buscam a Verdade. Assim escreveu Pedro: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo” . 1ª Pe. 3.15,16.

Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da AD Mais de Cristo, professor de teologia, jornalista e escritor

BÍBLIOGRAFIA

- CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, vols. 3 e 4, Hagnos, São Paulo, 2003.
- SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. CPAD, Rio de Janeiro, 2006.
- SOARES, Esequias. Manual de Apologética. CPAD, Rio de Janeiro, 2004.
- ROMEIRO,Paulo e RINALDI, Desmascarando as seitas. CPAD, Rio de Janeiro.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A COSMOVISÃO E O PENSAMENTO CRISTÃO


Vivemos em uma sociedade em que a pluralidade de ideias têem permeado a vida das pessoas, fazendo com que cada pessoa procure defender a sua ideia com firmeza e reflexão, daí surge a cosmovisão. 

Todo ser humano possui uma cosmovisão, talvez você já tenha lido esta palavra em algum livro ou mesmo ouvido em alguma palestra ou estudo algo sobre o assunto, mas não tem a menor idéia do significado deste termo. Mas saiba que mesmo assim, mesmo sem saber o que é isso, você possui uma cosmovisão, pois aquilo que cada pessoa é, o que defende, o que vive, é o resultado da cosmovisão que permeia sua vida, como já dizia um certo filosofo o homem é fruto do meio.

Em nosso caso específico, vivemos de acordo com a Cosmovisão Cristã (um desdobramento da Cosmovisão Teísta),onde é sistematizado a defesa de fé de modo claro, conciso e reflexivo, pois Judas o meio irmão de Jesus, nos convida em sua carta a batalharmos pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. (Jd v.3). Como a humanidade é diversificada ao extremo, nos mais distintos aspectos, existe uma gama muito variada de cosmovisões, muitas delas incompatíveis com o pensamento e com o estilo de vida do cristão.

Para todo e qualquer cristão ser mais eficiente no cumprir da Grande Comissão (Mt 28.19-20), é importante conhecer as premissas que caracterizam e diferenciam as variadas cosmovisões existentes. Para aquele que enxerga na apologética uma ferramenta útil para a propagação do Evangelho, o discernimento das cosmovisões é essencial.

Empresto as palavras de um grande teólogo e apologista quanto à definição do termo cosmovisão:

“Modo pelo qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. A palavra alemã é weltanschau-ung, que significa um ‘mundo e uma visão da vida’, ou ‘um paradigma’. É a estrutura por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino.”

Na medida que nos aprofundarmos no tema supracitado, vamos compreender duas coisas básicas:

1) Cosmovisões distintas existem, mas não é possível concordar coerentemente com as premissas centrais de duas ou mais cosmovisões;

2) Cosmovisão é como óculos, para que a realidade faça sentido é preciso visualiza-la de acordo com uma cosmovisão coerente e verdadeira, ou seja, com as “lentes corretas”.

Pr. Orlando Martins
20/08/2014

BÍBLIOGRAFIA

- CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, vols. 3 e 4, Hagnos, São Paulo, 2003.
- SOARES, Esequias. Heresias e Modismos. CPAD, Rio de Janeiro, 2006.
- SOARES, Esequias. Manual de Apologética. CPAD, Rio de Janeiro, 2004.
- ROMEIRO,Paulo e RINALDI, Desmascarando as seitas. CPAD, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ESPIRITUALIDADE NA ÓTICA DE JESUS


Nosso Senhor sempre valorizou o contato com as pessoas, em nome delas transformava constantemente o comum em sacro e o sacro em comum; ele curou no dia de sábado, desafiando todos os dogmas judaicos (Jo 13:14); ensinando que o homem não foi criado por causa do sábado, mas o sábado criado por causa do homem. Seu ensinamento revolucionou o método de interpretação da lei, dando um novo sentido a esta, valorizando mais o relacionamento com as pessoas do que os ritos e sacrifícios,o que se diferenciava muito do que era praticado pelos religiosos da época, em especial os fariseus que era o partido politico representante da sinagoga e dos saduceus, o partido politico do Templo. Durante suas ministrações Jesus enfatizava a importância da guarda de um novo mandamento, a prática do amor como virtude essencial para o cumprimento da lei, levando o homem a sentir pelo outro o que senti por si próprio. Todavia o que Cristo deseja ensinar justamente é que o nosso amor deve abranger o mundo inteiro até mesmo aqueles que não são de nosso meio social, cultural e religioso. Como no caso dos samaritanos que eram considerados pelos judeus como hereges e imundos, pois diferentemente dos judeus eles não criam em toda a Lei, mas apenas no Pentateuco e o seu povo era miscigenado sofrendo grande influência dos assírios. Jesus como não era dado a discussões ignorou esta situação. Ele conversou com uma mulher samaritana, desafiando os fariseus que evitavam qualquer contato com mulheres que não fossem da própria família (Jo 4:1-18); ele ensinou a esta mulher, desafiando o modelo pedagógico dos rabinos que preferiam queimar a Torá (Lei de Deus) do que ensinar uma mulher, pior ainda sendo ela uma samaritana. Jesus conhecendo a rivalidade milenar existente entre judeus e samaritanos contou a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10:25-37); ensinou o caminho da salvação a uma samaritana (Jo 4) e teve o prazer de ressaltar que dos dez leprosos curados o único que voltou para agradecer foi justamente o que era samaritano.Devemos analisar as ações de Jesus e ter ele como nossa base diaconal e modelo de liderança baseada no servir. Diante do exposto, urge que como cristãos tenhamos um relacionamento vertical que ligue Deus ao Homem e que possa ser também horizontal, ajudando este a entender o seu próximo através de suas práticas diaconais. o que gera a Koinonia "comunhão". Entretanto para que possamos compreender nosso semelhante devemos deixar de lado os conceitos pré-concebidos, construindo pontes por meio de relacionamentos que sejam duradouros no tempo e eficazes nas ações, pois uma ação fala mais alto que mil palavras. Inácio de Antioquia definia a igreja como o ágape, o amor ou o sinal visível do amor de Deus manifestado na vida dos homens o que gera a ortopraxia "prática de vida cristã". Em seu ministério terreno, Jesus procurou refletir em suas atitudes o pai e nós como servos de Deus devemos procurar refletir suas ações através do Fruto do Espírito (Gl 5:22) que significa expressões do caráter de Cristo em nossas vidas. Segundo o teólogo Paulo César Lima: “O maior desafio da igreja não é tornar-se divina, mas tornar-se humana. E quanto mais humana a igreja torna-se, mais divina ela ficará, para respaldo desta verdade, temos Cristo como o nosso grande paradigma”.

Pr. Orlando Martins

Vice - presidente da  AD  Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especializando em educação, escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em   seminários e faculdades  no estado de SC.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A ESSÊNCIA DA MENSAGEM CRISTOCÊNTRICA


Quando aceitamos a Jesus, procuramos não apenas compreender, mas empreender uma busca pela verdade, todavia, para que essa realidade seja algo presente em nossas vidas, devemos estudar a palavra, principalmente os evangelhos, e em especial o evangelho de João, pois nele se revela a salvação para todos os povos. Contudo os outros evangelistas, escreveram a sua mensagem para outros povos da época, como por exemplo: Marcos escreveu o seu evangelho aos romanos, já Mateus para os judeus e Lucas para os gregos. Já João escreveu o seu evangelho para apresentar Jesus, não apenas como esperança para o judeu, mais para todos. O mais interessante no Evangelho de João é o uso que Jesus faz da gramática. Em sete ocasiões, identifica-se como "EU SOU": "Eu sou o pão da vida (Jo 6:35,51), bem como a luz do mundo (8:12;9.5), a porta das ovelhas (10.7,9), o bom pastor (10.11,14), a ressurreição e a vida (11.25), o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6)e a videira verdadeira (15.1,5). O segredo deste padrão torna-se claro quando vemos Jesus afirmar: "Eu sou" . Jesus está utilizando em grego o nome hebreu de Deus. Em hebraico o nome Yahweh significa "Eu sou". Assim, Jesus está empregando este nome hebreu sagrado, sendo que assim como Deus se apresentou como EU SOU no AT, assim Jesus também se apresentou, o que corrobora a divindade de Cristo, Paulo disse: “Ele é a imagem do Deus invisível" . Pedro disse: “todo aquele que acredita nele tem os seus pecados perdoados através de Seu nome”.“Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. (João 12:44), sendo ele o Cristo o ungido de Deus,a segunda pessoa da trindade, o Emanuel "Deus conosco". Temos refletido a importância de uma experiência pessoal com Deus através de uma compreensão correta da manifestação do Emanuel “Deus conosco”. Quando compreendemos o que é realmente ter uma experiência pessoal com Jesus, passamos a possuir uma alegria tão profunda que nos faz passar por qualquer tipo de adversidade, sendo ele é o nosso Senhor, o nosso salvador, como bem profetizou o profeta Isaias, ele seria chamado de Maravilhoso, conselheiro, pai da eternidade e príncipe da paz ( Is 9:6). Quem não tenhamos Cristo apenas como o nosso salvador, mas sim com o nosso Senhor, pois nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do entendimento.

Pr. Orlando Martins

quarta-feira, 11 de junho de 2014

AS EVIDÊNCIAS DA SALVAÇÃO

AS EVIDÊNCIAS DA SALVAÇÃO
Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados”. Cl 2:9-10

Acerca da salvação, existem muitas teorias e linhas de pensamento, entretanto só existe um caminho que conduz o homem a salvação: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6). Portanto o  Cristianismo é  um relacionamento todo-suficiente com um Cristo todo-suficiente, sendo que assim como Cristo é absolutamente santo e divino, também nós somos totalmente suficientes nele, pois quando o adoramos em espirito e em verdade, não precisamos de nada além dele.

A Nossa suficiência em Cristo

Contudo alguns querem impor o legalismo e a religiosidade como condição de salvação, mas esquecem de que Cristo já conquistou a nossa salvação na Cruz e para isso basta crer e confiar. Contudo, como crentes em Cristo e estudantes da palavra, devemos buscar cada vez mais o aprimoramento na verdade que é Cristo, para que possamos não apenas crescer em conhecimento, mas também em fé, graça, amor, compreensão, humildade e principalmente nos tornarmos mais quebrantados e cheios do Espírito Santo e assim o adorarmos em espírito e em verdade.

Fruto do Espírito: Expressão do caráter de Cristo em nossas vidas

O Espírito Santo efetua no cristão a santificação, inclinando-o para as coisas espirituais (Rm 8:5,8 e 9) e contenda com as coisas da carne, gerando  em cada cristão o fruto do Espírito que são expressões do caráter de Cristo em nossas vidas. A ação do Espírito em favor de cada cristão vai transformando este de glória em glória de valor em valor, fazendo com que cada cristão se torne mais parecido com Jesus, até porque o grande poder do evangelho não é a mudança externa, mas sim a interna, haja vista que o evangelho, não envolve o legalismo, regras ou dogmas, mas sim o amor, a paz e a justiça, pois a proposta de Jesus vai além do pacotinho da religiosidade, envolvendo a subordinação à vontade de Deus em detrimento da vontade pessoal, ação precedida de arrependimento e eivada de esperança. Todo seguidor de Cristo, deve ficar ciente que será incompreendido por muitos, mas aceito por aqueles que foram alvos da verdade.

Adoração como estilo de vida

 Adoração não é apenas um mero conceito, ou um momento de cântico no culto, mas um estilo de vida que desafia os paradigmas impostos pelo legalismo ilógico e pelo dogmatismo árido. Contudo, paradoxalmente do que este ou aquele grupo fala ou defende, devemos nos pautar na Bíblia e ela nos ensina claramente que Cristo riscou a cédula que era contra nós, cravando-a na Cruz. Somente em Cristo existe misericórdia, pois no calvário existe completo perdão, completa salvação e completa vitória. Quando compreendemos a essência de nossa suficiência em Cristo, sabemos que nele, apenas nele temos a nossa vitória, pois nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do entendimento.

A misericórdia como ato da graça divina em nossas vidas

Os escritores bíblicos expressam, o quanto conheciam da misericórdia de Deus apresentando o Senhor como aquele que se compadece, como o pai misericordioso e compassivo (Sl 51 e 103). Como servos de Deus somos desafiados diariamente a usar da mesma misericórdia. “Bem aventurado os misericordiosos” (Mt 5:14). Somos discípulos do Senhor porque fomos alcançados um dia pela sua misericórdia: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas nos vivificou juntamente com Cristo” (Ef 2:4-5).   O discípulo não perdoou para ser perdoado; mas este deve exercer a prática do perdão porque um dia também foi perdoado, reconhecendo o quanto Deus tem sido misericordioso com ele. Segundo o teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer: “O misericordioso empresta a honra própria ao descaído e toma sobre si a sua vergonha, procura a companhia dos publicanos e pecadores, suportando prazerosamente a vergonha de sua companhia”. Assim, que o exercício da misericórdia seja a razão de ser de nossa missão evangelística! De acordo com os ensinamentos de Cristo, somente quando perco minha vida eu a encontro. Quando me entrego como sacrifício vivo ao Senhor, coloco-me a disposição do meu próximo, sendo que quanto mais eu me aproximo de Cristo, mais exerço  minha missão  e assim encontro à verdadeira razão de minha existência: O Serviço Cristão.

Pr. Orlando Martins


Vice - presidente da  AD  Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especializando em educação, escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em   seminários e faculdades  no estado de SC.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A TRÍPLICE MISSÃO DA IGREJA "Evangelizar, Discipular e Ensinar"


Após a sua morte, nosso Senhor deixou como mandamento principal a tríplice missão da Igreja: “Evangelizar, Discipular e Ensinar”, Mt 28:18-20. Esta tríplice missão, reflete em sua essência os três tipos de mensagem que da Igreja neo testamentária, “ kerigmática, catequética e parinética”. Como fruto desta missão vamos abordar estes três tipos de mensagem, que refletem a exposição da palavra da comunidade do NT.

- Mensagem Kerigmática (Ide): Este termo deriva do grego “kerigma”, que alude a boas-novas, podendo ser então a mensagem que evangeliza, visando ao ‘ide’ de Jesus (Mc 16.15), por intermédio da pre- gação evangelística, conhecida como mensagem kerigmática. A evangelização mundial deve ser o objetivo primordial do serviço cristão, pois Jesus veio para servir e dar a sua vida em resgate por muitos, morrendo na cruz do calvário e oferecendo o seu sangue para o resgate da humanidade perdida (Jo 3.16; Gl 3.13). Nos dias atuais, a Igreja conta com vários recursos para cumprir cabalmente a sua missão de agência evangelizadora do mundo.

- Mensagem Catequética (Fazer Discípulos): A mensagem ca tequética é voltada para o ensino do novo convertido, visando o discipulado cristão (Cl 1.28-29). Para que exista edificação, deve-se, primeiramente, trabalhar na igreja com o discipulado, ou seja, com a mensagem catequética, para que o homem procure ser um eterno discípulo ou aprendiz de Cristo, permanecendo na palavra, que, não obstante, é a fonte da maturidade de um cristão. “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31).

- Mensagem Parinética (Ensinando): Após o processo inicial de discipulado, o homem encontra-se pronto para ser ensinado por meio da mensagem parinética ou de instrução e edificação para os cristãos. Esta tríplice missão além de ser executada por meio dos apóstolos, pregadores e evangelistas, haviam na Igreja primitiva pastores, mestres (Ef 4:11) e ensinadores (Rm 12:7) que eram usados pelo Senhor para ensinar e doutrinar a Igreja, por meio da edificação. Nos dias hodiernos, a edificação pode ser definida como uma das mais importantes tarefas da Igreja, pois onde existe edificação os membros poderão produzir com mais afinco para o reino de Deus. Para definir a edificação como atividade espiritual devemos primeiramente lembrar que Jesus é o pão da vida que nos é dado através de sua palavra (Jo 6:35). Após o processo inicial de discipulado o homem encontra-se pronto para ser ensinado através da mensagem parinética ou de instrução e edificação para os cristãos. De acordo com o teólogo Jesiel Paulino: “Trata-se da mensagem de instrução que visa produzir orientação e crescimento na vida cristã, visando nossa condução à estatura de varão perfeito” . “Este tipo de mensagem procura conduzir o homem ao amadurecimento espiritual” Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15).

Pr. Orlando Martins

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA - TEMPUS FUGIT - O TEMPO QUE FOGE!


Vivemos em uma sociedade onde as pessoas não tem mais tempo, alguns não tem tempo para a família, outros para a Igreja, já outros não tem tempo nem para respirar, contudo muitos e muitos mesmo não tem mais nem tempo para ler! Na contra mão do pensamento corrente e da sociedade atual, eu creio que mesmo que o nosso tempo seja condicionado a esta ou aquela atividade, sempre temos que encontrar o tempo para a leitura, haja vista que a leitura gera esperança, amadurecimento e equilíbrio! Viva a leitura!

VOCÊ JÁ LEU UM LIVRO NO MÊS DE ABRIL?
VOCÊ JÁ LEU UM LIVRO ESTE ANO?

"O Homem é o que lê" - PENSE NISSO


Pr. Orlando Martins 

Teologia bíblica x Teologia popular



Muitos com boa intenção desejam verdadeiramente obter o poder de Deus, mas como não possuem uma base sólida na palavra acabam por confundir avivamento com movimento, o que gera o chamado cristianismo oba oba e promove mais movimento do que avivamento que só é possível mediante a busca pelos fundamentos, como bem respondeu o Senhor Jesus aos saduceus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Este grupo acaba criando a sua própria linguagem e se distancia da sistematização das escrituras, conforme se vê hoje nas igrejas as frases de efeito que são à base de uma cartilha de um grupo que detém a sua própria Teologia a informalidade: “É mistério, Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo!Recebaaaa! Como estudantes da palavra, devemos buscar o fruto do Espírito e não apenas os dons espirituais, haja vista ser o fruto do Espírito a base da humildade que é a beleza da santidade.


Pr. Orlando Martins 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO NA VIDA DA IGREJA


Pr. Orlando Martins   

Atualmente, em muitas comunidades de fé, muitos lideres não incentivam mais os seus membros a frequentarem a EBD e nem promovem mais reuniões de ensino, o que infelizmente tem gerado em muitas igrejas, uma geração de anões espirituais. Estes grupos se tornam presa fácil de todo e qualquer tipo de movimento, haja vista, acabam aceitando todo e qualquer tipo de manifestação como sendo divina e passam a desprezar a busca pela Teologia Bíblica, envolvendo-se em uma busca frenética pelo sobrenatural. Diante desta situação, alguns grupos, carentes de reflexão teológica séria, acabam importando modismos, os quais criam campo no meio evangélico. Entre os perigos, podemos citar os pneumatismos, que conduzem o povo à anarquia espiritual, gerando um comportamento típico de um povo que desenvolveu a sua própria cartilha, a informalidade, com muito espaço para o sensacionalismo e pouco para a reflexão teológica com base em fenômenos rápidos, com o intuito de atender às exigências do imediatismo teológico, o que cria campo para o chamado cristianismo fast-food, das coisas rápidas, dos efeitos dinamites: Onde não existe espaço para o pensar e para a reflexão.  Acerta certo pensador pentecostal quando faz uma correlação entre o cristianismo epidérmico dos dias hodiernos e a coca cola que apenas nos transmite um prazer momentâneo mais traz males para a saúde, o que faz com que muitos busquem apenas o poder, mas se esqueça da palavra, o que acaba gerando no seio da Igreja, o que chamamos de teologia popular, que paradoxalmente a teologia bíblica, valoriza mais a experiência do que a palavra

Teologia bíblica x Teologia popular

Muitos com boa intenção desejam verdadeiramente obter o poder de Deus, mas como não possuem uma base sólida na palavra acabam por confundir avivamento com movimento, o que gera o chamado cristianismo oba oba e promove mais movimento do que avivamento que só é possível  mediante a busca pelos fundamentos, como bem respondeu o Senhor Jesus aos saduceus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Este grupo acaba criando a sua própria linguagem e se distancia da sistematização das escrituras, conforme se vê hoje nas igrejas as frases de efeito que são à base de uma cartilha de um grupo que detém a sua própria Teologia a informalidade: “É mistério,  Veja o varão de branco! Queima ele Jeová! Receba a bola de fogo!Recebaaaa! Estes jargões são típicos de grupos que buscam apenas o poder e não a palavra que é a verdadeira fonte deste poder, o que acaba por culminar numa espiritualidade exibicionista e epidérmica, onde não somos medidos pelo que somos ou fazemos, mas pelo poder que possuímos. Infelizmente este é o reflexo da falta de ensino, haja vista que as igrejas onde os mestres estão calados as heresias tomam campo e passam a fazer parte da vida da comunidade como algo normal, destarte, diante do exposto, vê a importância do ministério de ensino na vida da Igreja e em especial a Escola Bíblica. A EBD é o local onde se aprende os fundamentos da fé e para que possamos compreender bem esta premissa, basta estudarmos a importância do ensino ao longo da narrativa bíblica. 

Ensino no  Antigo Testamento: Primeiramente, o ensino era ministrado pelos anciões (Nm 22.29), posteriormente, pelos levitas e depois pelos escribas (Ed 7.10). Após o retorno do exílio babilônico de setenta anos, o povo judeu havia se esquecido do ensino da lei do Senhor. Diante dessa situação Esdras, o escriba, leu a lei perante o povo, desde a alva (cinco horas da manhã) até aproximadamente o meio-dia e um grupo de escribas traduziam o ensino, para que o povo, que falava aramaico, pudesse compreender  o real sentido do texto. Esta passagem é considerada por muitos especialistas, como sendo a primeira escola bíblica, pois foi a primeira vez que houve interpretação de passagens bíblicas, praticando-se o exercício tanto da hermenêutica como da exegese. O verdadeiro ensino bíblico produz arrependimento e confrontação, o que gerou um grande avivamento espiritual entre o povo de Israel.

Ensino no Novo Testamento: Podemos observar claramente o ministério do ensino na vida de Apolo, que era poderoso em palavras (At 18.24-28); no ministério do apóstolo Paulo, que ministrava sempre doutrinando as Igrejas; e em nosso Senhor Jesus, nosso maior exemplo, sendo chamado 50 vezes de mestre nos evangelhos (Jo 3.1). Seu ensino era ministrado por parábolas e por meio de pregações no templo. Após a sua morte, nosso Senhor deixou como mandamento principal  a tríplice missão da Igreja: “Evangelizar, Discipular e Ensinar”, Mt 28:18-20: “18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra”. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” Esta tríplice missão, reflete em sua essência os três tipos de mensagem que  da Igreja neotestamentária, “Kerigmática, catequética e parinética”.  Como fruto desta missão, iremos  abordar estes três tipos de mensagem, que refletem a exposição da palavra na comunidade do NT.  

Mensagem Kerigmática (Ide): Este termo deriva do grego “kerigma”, que alude a boas-novas, podendo ser então a mensagem que evangeliza, visando ao ‘ide’ de Jesus (Mc 16.15), por intermédio da pregação, conhecida como mensagem kerigmática. A evangelização mundial deve ser o objetivo primordial do serviço cristão, pois Jesus veio para servir e dar a sua vida em resgate por muitos, morrendo na cruz do calvário e oferecendo o seu sangue para o resgate da humanidade perdida (Jo 3.16; Gl 3.13). Nos dias atuais, a Igreja conta com vários recursos para cumprir cabalmente a sua missão de agência evangelizadora do mundo.

Mensagem Catequética (Fazer Discípulos): A mensagem catequética é voltada para o ensino do  novo convertido, visando o discipulado cristão (Cl 1.28-29). Para que exista edificação, deve-se, primeiramente, trabalhar na igreja com o discipulado, ou seja, com a mensagem catequética, para que o homem procure ser um eterno discípulo ou aprendiz de Cristo, permanecendo na palavra, que, não obstante, é a fonte da maturidade de um cristão. “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31).

Mensagem Parinética (Ensinando): Após o processo inicial de discipulado, o homem encontra-se pronto para ser ensinado por meio da mensagem parinética ou de instrução e edificação para os cristãos. Nos dias hodiernos, a edificação pode ser definida como uma das mais importantes tarefas da Igreja, pois onde existe edificação os membros poderão produzir com mais afinco para o reino de Deus. Para definir a edificação como atividade espiritual,  devemos primeiramente lembrar  que Jesus é o pão da vida que nos é dado através de sua palavra (Jo 6:35). Após o processo inicial de discipulado o homem encontra-se pronto para ser ensinado através da mensagem parinética ou de instrução e edificação para os cristãos.  De acordo com o teólogo Jesiel Paulino: “Trata-se da mensagem de instrução que visa produzir orientação e crescimento na vida cristã, visando nossa condução à estatura de varão perfeito”.  “ Este tipo de mensagem procura conduzir o homem ao amadurecimento espiritual” Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15).Esta tríplice missão, além de ser executada por meio dos apóstolos, pregadores e evangelistas, haviam também  na Igreja primitiva pastores, mestres e  ensinadores,  que eram grandemente usados pelo Senhor, para ensinar e doutrinar a Igreja, por meio da edificação.

Como reflexão
O ministério do ensino é de suma importância para o desenvolvimento do corpo de Cristo, haja vista que as igrejas cujos mestres e ensinadores estão calados tornam-se um atrativo especial para as seitas heréticas e modismos antí-biblícos. Nossas Igrejas têm investido no ministério do ensino? Até que ponto, este ministério tem sido considerado importante para a Igreja, diante do contexto pós-moderno em que nos encontramos!

Pr. Orlando Martins

Vice-presidente da AD Mais de Cristo em Florianópolis,  pastor auxiliar, bacharel em teologia e jornalismo, especializando em educação,escritor, diretor da Faculdade Mais de Cristo e professor de matérias teológicas em  seminários e faculdades  no estado de SC.

Referências bibliográficas

- PAULINO, Jesiel. III EEDUC. Teologia e espiritualidade, 2002. Ed. CEC, Itajaí,SC.100 p.
- PAULINO,Jesiel.EBO.A Integridade e Espiritualidade do Ministro, 2002. Ed. CEC, Itajai, SC.40 p.
- MARTINS, Orlando. Como ser um servo, ed. Particular, 2011, Florianópolis,SC.

- MARTINS, Orlando. O Poder de Deus, ed. Conceito,2009. Ed. Conceito,  Florianópolis, SC.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

SÉRIE OS DONS ESPIRITUAIS - O DOM DE VARIEDADE DE LÍNGUAS

O dom de variedade de línguas é a expressão sobrenatural concedida pelo Espírito Santo em língua ou idioma não conhecido pelo portador do dom. No original grego, o dom de variedade de línguas significa “glossolalia” e pode se manifestar na vida do cristão de duas maneiras. 1 - Línguas congregacionais: “Se alguém fala língua, faça-se isso, pois dois ou três, e por sua vez e haja intérprete” (I Co 14.27); 2 - Línguas devocionais: “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo e com Deus (I Co 14.28). Um bom exemplo é a oração em línguas. O dom possibilita a expressão por meios sobrenaturais de línguas tanto estrangeiras como espirituais, sendo exclusivo somente de alguns membros do corpo de Cristo, como bem ensinou o apóstolo Paulo: “falam todos diversas línguas”? (I Co 12.28). Sobre o estudo de línguas e glossolalia devemos nos reportar primeiramente ao dia de Pentecostes, quando houve a primeira evidência deste dom, que fora manifestado pela evidência de línguas estrangeiras, pois estavam todos reunidos no cenáculo de Jerusalém (At 2.1), há dez dias em oração (At 1.14), e houve o derramamento do Espírito Santo, na hora terceira, ou seja, às nove horas da manhã. Manifestou-se entre eles línguas de dezessete países. Os que estavam reunidos em Jerusalém para a festa de Pentecostes ouviam falar as maravilhas do céu em sua própria língua. Alguns defendem que também houve manifestação de línguas estranhas nesse dia. Na verdade, é mais aceito nos círculos teológicos a manifestação de línguas estranhas na casa de Cornélio (At 10.44-48) e em Éfeso (At 19.1-6), pois nesses textos realmente fia implícito esse tipo de língua.
Analisando minuciosamente à luz de I Coríntios 14, o dom de línguas é derramado segundo o beneplácito da vontade de Deus (I Co 14.1; 12.31), tendo como principal finalidade a glorificação de Deus (I Co 14.5) e edificação própria (I Co 12.4-A), diferentemente do dom de profecia que edifica a Igreja (I Co 12.4-B). Este dom deve ser exercido quando estamos realmente sentindo um gozo na alma, gerado pelo Espírito Santo, brotando naturalmente, num diálogo com Deus com vistas à edificação pessoal.
A língua estranha como dom edifica apenas a quem fala. Quando oramos em línguas ou falamos conosco mesmo (I Co 14.28) não existe a necessidade de interpretação, pois o texto é bem claro: “Fale consigo mesmo e com Deus” (I Co 14.28), devendo ser efetuado em tom de voz baixo, pois estas línguas não edificam ao próximo. O apóstolo Paulo afirma que prefere falar cinco palavras inteligíveis a falar mil palavras ininteligíveis (I Co 14.19). Esse era um dos problemas observados na cidade de Corinto. Eles tinham dons, mas não sabiam exercê-los com amor e submissão à doutrina (Gl 5.22 e I Co 14.40). Um dos maiores agravantes observados em algumas Igrejas ditas carismáticas é o descontrole emocional, pois muitos, por falta de teologia, acabam criando uma cartilha própria, a informalidade, sendo aí valorizadas mais as manifestações exteriores em detrimento das interiores, o que acaba, indiretamente, abrindo campo ao emocionalismo exacerbado e epidérmico, gerando atitudes desconexas e com pouco conteúdo bíblico.
Com o propósito de justificar suas atitudes, alguns afirmam que não conseguem se controlar quando falam em línguas, mas a palavra orienta-nos que o espírito (letra minúscula) é sujeito ao profeta (I Co 14.32). Nosso espírito é sujeito a nós mesmos e temos condições de nos controlar quando falamos em línguas no culto público. Quem age de forma contrária demonstra uma grande falta de conhecimento dessa doutrina.
Um dos dons menos compreendidos pelos pentecostais é o dom de línguas. Infelizmente, nos dias atuais, alguns ministros esquecem-se de que é um dom sobrenatural, que vem do alto, e procuram levar o povo ao frenesi usando frases de efeito coletivo, os velhos jargões evangélicos, para que por meio deles os incautos falem em línguas. Isso é uma heresia! Por ser um dom sobrenatural e concedido pelo Espírito Santo, deve ser exercido com humildade e reverência, pois se trata de um diálogo com o criador: “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios” (I Co 14.2). Se ninguém o entende, então deve ser proferido em tom de voz baixo. O missionário Eurico Bergsten afirma: “Também não é sinal de grande espiritualidade gritar em línguas estranhas durante um culto”. A Bíblia diz: “fale consigo mesmo e com Deus”. Como foi dito, a palavra de Deus não endossa o argumento de alguns, de que o poder é tão grande que não é possível controlar-se. As línguas estranhas não são resultados de um êxtase, mas de uma operação do Espírito Santo em conjunto com o espírito do homem”. Contudo, quando exercido publicamente, na Igreja, em tom de voz alto, o dom necessita de interpretação: “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a Igreja receba edificação” (I Co 14.5). Deve haver uma profecia (I Co 14.24,25,29), para que os que ouvem sejam consolados, edificados e exortados no Senhor.

Pr. Orlando Martins

sábado, 19 de abril de 2014

CRISTO – A NOSSA PÁSCOA

CRISTO – A NOSSA PÁSCOA
Pr.Orlando Martins

Só pode celebrar a pascoa diariamente, quem teve uma experiência profunda com Jesus através de sua palavra o que nos torna adoradores e não meros expectadores! 

Vivemos num tempo, que muitos se esquecem do verdadeiro sentido do Páscoa, contudo, deveriam rever os seus valores, pois muito mais do que apelo comercial, a Páscoa é alegria, sendo que neste momento, relembramos que entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos, ou seja, foi à libertação do julgo do Egito. Portanto como cristãos devemos lembrar da ultima semana de Cristo, Jamais houve ou haverá semana como aquela em que sobre Jesus Cristo recaíram a maior e absoluta injustiça, pois por meio de seu sacrifício fomos livres de toda a condenação e pecado: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.(Rm 8:1)” “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. (I Jo 1:7)” A Páscoa é a festa espiritual onde o cristão reconhece a sua eterna e incondicional dependência e gratidão a Cristo, pelo livramento da cruz devidamente merecida. Portanto, a Páscoa é a festa da salvação. Jesus Cristo, aquele que veio trazer paz, esperança e alegria para a humanidade. Contudo, muitos, nem por um minuto do dia lembram-se de sua mensagem e paradoxalmente lembram mais da Páscoa comercial do que da Páscoa espiritual. Na verdade, a nossa Páscoa é comemorada de forma diferente, pois apesar de estarmos no mundo, não somos deste mundo e mesmo que saibamos que Páscoa é época de chocolates e presentes, festa e comemoração, para nós a Páscoa é muito mais do que isso. Entre os judeus na celebração da Páscoa, a família reúne-se e come o cordeiro pascal (cf. Ex 12,1-28), recordando o dia da libertação do povo, escravo no Egito. Na cruz se revela o grande AMOR de Deus que entregou o seu filho para que possamos ser salvos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.( Jo 3:16-17) ‘’ A Cada culto que reunimos como seguidor de Jesus para nos recordarmos da Sua entrega a nosso favor, mas, sobretudo para vivermos hoje no DOM que nos é oferecido, a vida nova no Espírito. Mais do que iguarias, festas em família, chocolates e comemorações, este dia só tem sentido quando o celebramos tendo JESUS CRISTO como o nosso Senhor e Salvador. Conquanto que a mensagem de fé e esperança continua muito atual, pois JESUS CRISTO é o verdadeiro sentido de nossa PASCOA: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Teologia Contemporânea


Vivemos em um momento de grande marasmo teológico, onde ideologias e novas concepções surgem a cada momento atacando e afrontando as maneiras tradicionais de se crer no divino. Diante dessa conjuntura é preciso que sejamos objetivos quando somos abordados acerca da razão de nossa esperança cristã; por que cremos assim? Qual a nossa concepção de Deus? Qual a cosmovisão em que estamos estribados? 

Relativismo em todos os campos

Novas revelações

Mercantilismo

Distorções teológica


Pr. Orlando

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

CUIDADO COM A TEOLOGIA POPULAR


A Teologia popular faz parte de uma crença não refletida, tendo apoio mais em experiências isoladas do que na sistematização da doutrina. 
Contudo como hoje existem uma vasta gama de linhas de pensamentos por ai, também cresce o número de ensinos distorcidos e desta feita vão surgindo alguns enlatados teológicos que são egressos principalmente do meio neopentecostal e Ultra-pentecostal

- Quebra de maldição hereditária
- Regressão psicológica
- Culto aos anjos
- Misticismo
- Teologia do domínio ( uso excessivo da batalha espiritual, tudo é demônio!)
- Uso de amuletos
- Teologia da prosperidade ( Jesus nos prospera, mas não com barganha!)
- Confissão positiva ( Creio na fé, mas não no positivismo)
- Modismos

Infelizmente muitos são contra o ensino teológico, pois afirmam que o ensino teológico deixa o crente critico, mais se esquecem que o estudo é uma recomendação da palavra , pois encontra amparo bíblico, como em João 5:39, onde encontramos a palavra “Examinai”, ou seja, estude os detalhes, para que bem conheçam o que é certo e cresçam em Deus (Js 1.8 e Ap 3.13).


Pr. Orlando Martins 

ESPIRITUALIDADE BÍBLICA X SOCIEDADE ATUAL


ESPIRITUALIDADE BÍBLICA X SOCIEDADE ATUAL 

Vivemos em uma sociedade onde tudo é relativo, onde o certo para um pode ser errado para outro; pois este mundo encontra-se imbuído dentro de uma cosmo visão capitalista e totalitária; havendo assim uma tendência natural ao descartável, pois nos dias atuais não se dá mais lugar ao perene, mas ao existencialismo que como cultura do momento torna o homem averso ao normativo. Diante do exposto, cada cristão deve rever a sua postura ética e refletir até que ponto suas ações têm influenciado a sociedade atual? Contudo na contra-mão do pensamento promovido pela sociedade atual, o homem espiritual deve produzir ações diaconais , haja vista que o triunfo da espiritualidade é a graça, que se manifestou aos homens através do exemplo do Cristo-servo, que deve permear a minha e a sua prática de vida cristã!

Pr. Orlando Martins

domingo, 19 de janeiro de 2014

CUIDADO COM A SUPER-ESPIRITUALIZAÇÃO!


Muitos com boa intenção desejam verdadeiramente obter o poder de Deus, mas como não possuem uma base sólida na palavra acabam por confundir espiritualidade com espiritualização: "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22.29). Assim, acabam criando a sua própria linguagem e se distanciam da sistematização das escrituras, conforme se vê hoje em algumas igrejas neopentecostais e ultra-pentecostais, as frases de efeito que são à base de uma cartilha de um grupo que detém a sua própria Teologia a informalidade:

- É mistério
- Queima ele Jeová!
- Crente que não faz barulho, tem defeito de fabricação!
- Crente que não da glória a Deus e aleluia, não é crente!
- Se liga no fio que desce
- Atender a Jesus no celular na hora da pregação!

Os proponentes destes jargões, em sua maioria defendem que para o crente ter uma vida avivada, basta ele dobrar o joelho e orar e de uma hora para outra, ele torna-se espiritual. Na verdade a espiritualidade vai de encontro a este pensamento, pois quando lemos a palavra com disciplina, oramos com amor e nos envolvemos com as coisas de Deus, não apenas por sacrifícios, mas por prazer!


Pr. Orlando 

Estude Teologia online, acesse: www.evangelho.org

O Evangelho.org é uma organização cristã dedicada a equipar líderes e fortalecer cristãos em todo mundo, fornecendo conteúdo fiel a palavra...