O candidato ao pastorado deve ter
uma vida aprovada por Deus e apresentar os requisitos necessários àqueles que
tencionam ser ministros do Senhor (1 Tm 3.1-7):
Qualificações morais: Ser irrepreensível. Segundo o evangelista
Moody, “caráter é o que somos no escuro”. Apresentando um caráter probo e
ilibado, ele será um homem de temperança e de bom testemunho (Is 8.20),
refletindo o fruto do Espírito, que se constitui em expressões do caráter de
Cristo em nossa vida (Gl 5.22).Qualificações mentais: Com o fruto do Espírito, automaticamente, ele passa a ter a mente de Cristo e a ser uma pessoa que renova a sua mente diariamente com as coisas do céu, devendo ser apto para ensinar a Palavra com toda a dedicação (Rm 12.7), instruindo, redarguindo e corrigindo segundo a educação na justiça (2 Tm 3.17). Pelo fruto do Espírito, o pastor desenvolve em si o controle emocional necessário a alguém que lidera pessoas.
Qualificações pessoais: Deve ser hospitaleiro, experimentado, gostar de visitar todo o rebanho, os membros de todas as classes sociais, pois, dessa maneira, praticará a verdadeira religião, que consiste na visita aos órfãos, às viúvas e aos necessitados (Tg 1.27). Também cabe ao pastor oferecer a doutrina para a igreja, portanto, deve conhecer bem a palavra, para que leve o povo à verdade, pregando e ensinado com amor , a fim de fundamentar a fé dos membros (Rm 10.17; Jd 3; 1 Jo 5.4).
O pastor deve ser exemplo no bom
trato, na sinceridade, na gravidade, na linguagem sã, para que possa apresentar
uma vida de integridade em tudo, e em nada venha a ser apontado (Tt 2.7-10).
Não obstante, devemos nos lembrar de que somos assistidos por uma multidão de
testemunhas (Hb 12.1). Cabe ao pastor apascentar o rebanho, tendo todo o
cuidado com os membros, tratando-os não com força, mas com muito amor (1 Pe
5.2-3).
Deve também manter-se na
dependência do Senhor, como um obreiro de oração, atualizado, leitor de bons
livros e conhecedor profundo tanto de teologia como de liderança e de psicologia pastoral.
Biblicamente, o verdadeiro pastor
é aquele que dá a vida pelas ovelhas. O Senhor Jesus nos ensina que ele deve
protegê-las dos ataques dos falsos mestres, exercendo sua liderança com
humildade, pelo serviço, sendo um líder-servo. Todo líder deve aprender a
delegar funções, procurando desenvolver cada membro em uma área da igreja.
O grande objetivo pastoral é
formar pessoas por meio do discipulado. O verdadeiro líder não é aquele que
comanda sozinho, mas sabe delegar funções e formar novos obreiros. É
indispensável que o pastor tenha autoridade para exortar, aconselhar e ensinar
(1 Tm 3.2). Subentende-se, portanto, que o ministério pastoral deve ser
precedido de uma vocação para o aconselhamento, evidentemente sem prejuízo das
demais atribuições eclesiásticas, de natureza espiritual e administrativa.
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